ELETROESTIMULAÇÃO PARASACRAL VERSUS ELETROESTIMULAÇÃO DO NERVO TIBIAL POSTERIOR NOS SINTOMAS IRRITATIVOS DA BEXIGA: RESULTADOS E IMPLICAÇÕES NA QUALIDADE DE VIDA DAS MULHERES

Autores

  • Mateus Pitombeira Araujo
  • EDUARDO CESAR DINIZ MACEDO
  • Francisco Sergio Pinheiro Regadas

Resumo

Introdução: Tem-se bem documentado em literatura sobre os sintomas de armazenamento da bexiga - anteriormente ditos irritativos -, sendo eles: incontinência urinária, polaciúria, urgência miccional e noctúria. Também conhecida como síndrome da bexiga hiperativa (BH), tais sintomas são a segunda causa mais comum de incontinência urinária, só perdendo para Incontinência Urinária de Esforço. Isto posto, postulou-se terapêutica de alvio dos sintomas através de metodologias de estimulação do nervo tibial posterior, inicialmente realizada por McGuire em 1983 com ótimos resultados. Urge, entretanto, a necessidade de melhor avaliação de eficácia desta metodologia, uma vez que não é bem relatada em literatura. Objetivos: Comparar a freqüência dos sintomas de urgência, noctúria e freqüência miccional em mulheres sexualmente ativas com sinais clínicos de bexiga hiperativa submetidas à Eletroestimulação Transcutânea do Nervo Tibial Posterior e a Eletroestimulação Parasacral. Materiais e métodos: A pesquisa foi desenvolvida nos Serviços de Ginecologia do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) durante o período de Fevereiro de 2014 a Novembro de 2017, utilizando-se a ficha padrão de avaliação da Incontinência Urinária na Qualidade de Vida (Kings Health Questionnaire). Os dados coletados foram tabulados no EpiInfo 6.04. Resultados: Durante o período, foram submetidas ao método e posteriormente avaliadas com o questionário 36 mulheres. A média de idade foi de 50,5 anos de vida. 55,5% (n= 20) foram submetidas à estimulação do nervo tibial, o restante (n= 16), à metodologia parassacral. 97,2% das pacientes (n= 35) apresentaram melhora considerável, com aumento de, no mínimo, 25 pontos no questionário de qualidade de vida da King's Health. Conclusão: Tanto a estimulação parassacral como a do nervo tibial demonstraram bons resultados no alívio e remissão dos sintomas de BH. Entretanto, urge a realização de novas pesquisas para se estabelecer uma base sólida para a difusão do método.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica