ESCOLHAS, OPORTUNIDADES E DESIGUALDADE DE GÊNERO NO MERCADO DE TRABALHO

XXXVII Encontro de Iniciação Científica

Jose Wellington Saraiva Sousa Junior, FELIPE ROCHA CAMPOS, Eveline Barbosa Silva Carvalho

Existem graves diferenças salariais de gênero no mercado de trabalho brasileiro. Com uma metodologia que inclui a análise quantitativa descritiva dos rendimentos com o uso de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados de 2007 a 2017 para os estados Ceará e São Paulo, considerando os níveis de escolaridade desde o analfabetismo até o ensino superior completo, isolando o salário-hora de homens e mulheres do mesmo grupo e usando os conceitos de Elasticidade-preço e Elasticidade Cruzada da Demanda, esta pesquisa objetiva investigar a discriminação de gênero à luz da Economia Comportamental, e mais especificamente estudar de forma empírica essas diferenças entre gêneros e a escolha profissional. Os dados mostram que as mulheres, de modo geral, recebem salários inferiores aos dos homens tanto na zona rural como na urbana. Além disso, foi feita a comparação dessa diferença salarial entre os dois estados brasileiros que apresentam claras divergências sociais e econômicas. Em uma sociedade com plena igualdade de gênero se esperaria que a mão de obra feminina fosse substituta perfeita da masculina, contudo os resultados indicam que a mão de obra feminina chega a ser complementar à masculina. Observou-se que a diferença salarial é maior para níveis de escolaridade mais altos, ou seja, a mulher mais instruída recebe ainda menos proporcionalmente aos homens que a mulher com menos estudo. Constata-se que a condição de demanda é mais inelástica para a mão de obra masculina que para a feminina. Em outras palavras, diante de iguais aumentos no salário-hora, a demanda por mão de obra feminina cairia mais que a masculina. Entre outras considerações, a conclusão é que o salário do homem é, em geral, historicamente maior que o da mulher em todos os graus de escolaridade, apresentando uma variação ainda maior para o nível superior completo. Com todo agradecimento ao CNPq.

Palavras-chave: DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO. ELASTICIDADE. EMPREGO. ECONOMIA COMPORTAMENTAL.

Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 3, 2018

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