ESTADO DA ARTE DOS FÁRMACOS APROVADOS PELO FDA PARA O TRATAMENTO DE LEUCEMIAS DE 2000 A 2018

Autores

  • Julio Paulino Daniel
  • LUINA BENEVIDES LIMA
  • EMANUEL CINTRA AUSTREGÉSILO BEZERRA
  • JOSÉ LEVI TAVARES CAVALCANTE
  • MARIA ELISABETE AMARAL DE MORAES
  • Raquel Carvalho Montenegro

Resumo

A leucemia é uma das inúmeras neoplasias que assolam o ser humano, sendo caracterizada por uma divisão celular acelerada das células precursoras dos leucócitos. Essa característica faz com que essas células não exerçam suas funções de maneira adequada, uma vez que há uma quantidade bem maior de células imaturas em circulação. De acordo com o INCA (2018), esperam-se 10.800 novos casos para cada ano do biênio 2018-2019. Devido às dificuldades de tratamento que ainda ocorrem para essa doença, esse trabalho teve como objetivo estabelecer o estado da arte dos fármacos que objetivam o combate à leucemia aprovados pela Food and Drug Administration (FDA), um dos principais órgãos reguladores do mundo. Assim, foi realizada uma busca no site do FDA, compilando informações dos nomes dos fármacos, ano de aprovação, tipo da leucemia alvo do fármaco e tipo do medicamento. Foi constatado que, entre os anos de 2000 e 2018, foram aprovados 528 fármacos pelo FDA, dos quais menos de 5% eram voltados para o tratamento de algum tipo de leucemia, com média de aprovação de 1 fármaco por ano para esse fim. Dentre os 24 fármacos aprovados nesse período, 8 foram destinados ao tratamento de Leucemia Mielóide Crônica (LMC), 6 para Leucemia Mielóide Aguda (LMA), 5 para Leucemia Linfóide Aguda (LLA) e 5 para Leucemia Linfóide Crônica (LLC). Quanto ao tipo de medicamento, 18 são classificados como quimioterápicos (QUIM), 5 como imunoterápicos (IMUN)e 1 como outro (OUT), dos quais 5 têm BCR-ABL como alvo. Embora seja uma doença com protocolos de tratamento já bem estabelecidos, há diversos relatos da ocorrência de quimioresistência por parte dos pacientes, fazendo-se necessário o uso de medicamentos de segunda e terceira geração. Ainda existem poucas alternativas de fármacos disponíveis no mercado, portanto novas pesquisas nessa área devem ser incentivadas, para que novos tratamentos sejam disponibilizados aos pacientes com resistência ou com baixa responsividade aos fármacos disponíveis.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica