Rosa Maria Duarte Veloso, ALBERTO NOVAES RAMOS JÚNIOR, JOELMA MARIA COSTA, INARA VIVIANE DE OLIVEIRA SENA, Jaqueline Caracas Barbosa
A Organização Mundial da Saúde, por meio da Estratégia Global para Hanseníase 2016-2020 priorizou a detecção e o tratamento oportunos da hanseníase para prevenir incapacidades físicas e reduzir a sua transmissão. O objetivo deste estudo foi verificar a existência de estratégia formal padronizada para busca ativa de casos de hanseníase faltosos ao longo do tratamento e de contatos de pessoas acometidas pela hanseníase nos municípios de Floriano e Picos, Piauí. Estudo transversal de caráter descritivo, baseado na aplicação de questionário em Unidades Básicas de Saúde (UBS) a informantes-chave (profissionais de saúde destes serviços) nestes municípios. Foram avaliadas 45 UBS em ambos os municípios. Em 20 (44,4%) UBS avaliadas não existia estratégia formal para busca ativa de casos de hanseníase faltosos, enquanto 24 (53,3%) afirmaram possuir estratégia de busca ativa. Apenas em 1 (2,2%) UBS a resposta foi registrada como ignorada em relação a essa ação. Para a busca ativa de contatos, em 27 (60%) das UBS não existia esta estratégia para contatos faltosos, em 17 (37,8 %) existia esta estratégia. Apenas em 1 (2,2%) não se sabia se existia ou não esta estratégia. No município de Floriano, 12 UBS (54,6%) relataram estratégias de busca ativa de casos de hanseníase faltosos e 15 (68,2%), busca ativa de contatos. A baixa cobertura de ações estratégicas para o alcance do controle da hanseníase em áreas de hiperendemicidade no País, como os municípios deste estudo, revelam questões operacionais críticas que precisam ser superadas. A despeito das elevadas coberturas da estratégia de saúde da família, este contexto não tem sido traduzido em respostas da rede de atenção para o controle da doença.
Palavras-chave: Hanseníase. incapacidade. visita domiciliar. Vigilância em saúde.
Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 3, 2018
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