ESTUDO DA ACURÁCIA DOS INDICADORES CLÍNICOS DE DEGLUTIÇÃO PREJUDICADA EM CRIANÇAS COM DISFUNÇÕES NEUROLÓGICAS

Autores

  • Ana Claudia Torres Franca
  • THAISSA ELAYNNE SOUZA
  • RENAN ALVES SILVA
  • Viviane Martins da Silva

Resumo

O objetivo desse estudo foi analisar a acurácia dos indicadores clínicos do diagnóstico de enfermagem Deglutição prejudicada em crianças com Encefalopatia crônica não progressiva ou Microcefalia. Estudo de acurácia diagnóstica, realizado em um núcleo de tratamento e estimulação precoce da cidade de Fortaleza. Os critérios de inclusão foram apresentar diagnóstico médico de Encefalopatia crônica não progressiva ou Microcefalia, realizar acompanhamento ambulatorial no serviço, possuir idade entre um ano e 12 anos incompletos. Foram excluídas crianças em uso de alimentação enteral; e presença de fenda labiopalatina. Para determinar a presença ou ausência dos indicadores clínicos de Deglutição prejudicada, utilizaram-se definições conceituais e operacionais. A análise estatística foi realizada com o SPSS® versão 21.0 for Windows® e o software R versão 2.12.1. Foram avaliadas 82 crianças. A prevalência do diagnóstico de enfermagem Deglutição prejudicada foi de 59,76%. Observou-se que o modelo ajustado apresentou valor máximo de entropia com 16 características definidoras. Os indicadores clínicos com boas medidas de sensibilidade foram: falta de ação para formar o bolo (100%), formação lenta do bolo (100%), captação ineficiente (81,67%), evidência observada de dificuldade para engolir (87,79%) e os alimentos caem da boca (79,63%). Boas medidas de especificidade foram encontradas em incapacidade de esvaziar a cavidade oral (100%), formação lenta do bolo (100%), recusa em alimentar-se (100%), falta de ação para formar o bolo (100%), falta de mastigação (100%), evidência observada de dificuldade para engolir (87,80%) e despertar durante o período noturno (81,70%). Destarte, esses indicadores clínicos são essenciais para predizer a presença da Deglutição prejudicada em crianças com disfunções neurológicas.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica