ESTUDO DA COMUNIDADE BACTERIANA DOS NINHOS DE ESPUMA DE LEPTODACTYLUS VASTUS.
Resumo
O declínio da população de anfíbio, tem sido uma grande preocupação ambiental. Sendo o fungo Batrachochytrium dendrobatidis (Bd), um patógeno aquático que infecta a pele de anfíbios, responsável pela extinção de cerca de 200 espécies de anuros. Bactérias encontradas na pele de anfíbios foram relatadas protegendo e impedindo essa infecção, sendo o estudo e o entendimento dessa microbiota de extrema importância para evitar seu declínio. Ninhos de espuma, constituem um dos modos reprodutivos de anuros, em que seus ovos são depositados em espumas estáveis. Ainda existem poucos estudos sobre a microbiota dos ninhos e o seu papel ecológico para proteção dos girinos. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo isolar e identificar as bactérias existentes nos ninhos de espumas de Leptodactylus vastus a fim de se entender a importância dessa microbiota para proteção contra o patógeno Bd. Para tanto, ninhos de espuma foram coletados na RPPN Monte Alegre, Pacatuba-CE, bem como a água em que estavam inseridos. Foram realizadas diluições seriadas em salina (10ˆ-1 a 10ˆ-4) e alíquotas foram plaqueadas em Meio Nutritivo para contagem de viáveis. Foi realizada a extração do DNA genômico dos isolados e feito PCR para a amplificação da sequência de rDNA 16S, com os iniciadores 27F e 1525R, para sua identificação molecular. As amostras de ninhos de espuma apresentaram um número de viáveis 100 vezes maior que as poças d´água, compreendendo 1,3 ± 0,9 x 10ˆ7 ufc/g quando comparado a 1,4 ± 1,2 x 10ˆ5 ufc/mL. Foram obtidos 19 morfotipos amostras de ninhos e 26 morfotipos para amostras das poças d´água. Todos os isolados tiveram o rDNA 16S amplificado, posteriormente o produto do PCR será purificado e sequenciado. Os resultados mostram que os ninhos de espuma de L. vastus possuem uma composição bacteriana diferente do ambiente em que eles estão inseridos e os resultados de identificação responderão se essa microbiota possui um papel de proteção contra patógenos desde a fase larval.Publicado
2019-01-14
Edição
Seção
XXXVII Encontro de Iniciação Científica
Licença
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