ESTUDO DOS EFEITOS DO TIMOL SOBRE OS NÍVEIS DO FATOR NEUROTRÓFICO DERIVADO DO CÉREBRO (BDNF) EM UM MODELO DE DEPRESSÃO INDUZIDO POR ADMINISTRAÇÃO CRÔNICA DE CORTICOSTERONA

XXXVII Encontro de Iniciação Científica

Layla Alves Araujo, LORENA DUARTE FEITOSA, DANIEL MOREIRA ALVES DA SILVA, VICTOR CELSO CAVALCANTI CAPIBARIBE, Francisca Clea Florenco de Sousa

Introdução: A depressão é uma doença debilitante, de curso crônico e recorrente, com alta incidência e que afeta aproximadamente 300 milhões de indivíduos no mundo. A etiologia é multifatorial, podendo estar relacionada à exposição ao estresse e aos hormônios a ele relacionados. Existem diversos medicamentos para a depressão no mercado, todavia apresentam significantes limitações. Visando o aprimoramento terapêutico para este tipo de paciente, no presente trabalho avaliou-se os efeitos do timol, um terpeno derivado da Lippia sidoides, em modelos de depressão, dando enfoque a sua participação na via neurogênica. Objetivos: Investigar o potencial antidepressivo do Timol analisando a expressão de BDNF no hipocampo de camundongos submetidos ao Modelo de Estresse induzido pela Administração Exógena de Corticosterona (Cort). Metodologia: Para realização do estudo se utilizou da administração crônica de corticosterona, em camundongos swiss fêmeas, para indução do quadro depressivo durante 23 dias. A partir do 14º dia de Cort (20 mg/kg) foi introduzido o Timol (50 mg/kg) e a Fluvoxamina (50 mg/kg), droga padrão positiva. Após o tratamento os animais foram sacrificados e o hipocampo retirado para posteriores análises dos níveis de BDNF totais pela metodologia ELISA, assim como a forma pro (pro-BDNF) e madura do BDNF (mBDNF) pela metodologia Western Blot. Resultados: Tanto o Timol como a Fluvoxamina restauraram os níveis de BDNF, melhorando o quadro depressivo. Pela metodologia ELISA, o Timol apresentou uma tendência a aumentar os níveis de BDNF quando comparado com a corticosterona, corroborando com a metodologia Western Blot, onde o Timol, de forma significativa, aumentou a expressão de mBDNF frente a corticosterona. Conclusão: Este trabalho elucidou a interação do Timol com a via neurogênica-BDNF, abrindo precedentes para novas investigações visando o emprego desta molécula como alternativa terapêutica. Agradecimentos: CNPq, Capes, Funcap e UFC.

Palavras-chave: DEPRESSÃO. TIMOL. BDNF. ANTIDEPRESSIVO.

Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 3, 2018

1407