ESVAZIAMENTO GÁSTRICO DE SÓLIDOS É ACELERADO POR ESTRESSE FÍSICO EXPERIMENTAL
Resumo
Condições emocionais, como estresse, ansiedade e depressão, estão intimamente ligadas às dismotilidades gastrintestinais. Avaliamos então o efeito do estresse físico sobre o comportamento e o esvaziamento gástrico de sólidos (EGS) de camundongos. Após aprovação pela Comissão de Ética do Uso de Animais (CEUA/UFC), utilizamos (n=10/grupo) camundongos Swiss machos (25g ± 5g), submetidos (GE) ou não (GC), por onze dias, à protocolo de estresse físico mediante contenção de movimento durante 3 h no ciclo claro e jejum à sólidos no ciclo escuro. Nos dias 0, 5 e 11 do protocolo realizamos os testes de campo aberto (CA) e labirinto em cruz elevado (LCE), por 5 min cada, afim de verificar o comportamento ansioso dos animais. Para avaliação do EGS, os animais receberam refeição sólida 16 mg/kg de ácido octanóico, marcado com 13C. Coletamos então amostras de ar aos 0, 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 100, 120, 140 e 160 min, para análise do isótopos 13CO2 em ppm, via espectroscopia de gás infravermelho (Wagner Analysen Technik GmbH /software IRIS®), como forma indireta de determinar o EGS. Os dados (média ± erro padrão da média) foram analisados por teste de Shapiro Wilk. A partir das curvas de EGS calculamos a área sob a curva (AUC). Os dados foram comparados por teste ‘t” e pós-teste de Tukey. Aos cinco dias de protocolo, animais GE manifestaram comportamento ansioso em CA como em LC, alterações que permaneceram até o 11° dia. O GE apresentou aceleração de 33,8% (AUC-GC: 20615 ppm13CO2/min ± 1262; GE: 27590 ppm13CO2/min ± 673,5, p<0,05) no EGS ao 5° dia e ao 11° dia de 22,4% (AUC-GC: 20471 ppm13CO2/min ± 1273; GE: 24964 ppm13CO2/min ± 912, p<0,05), porém sem alterar o perfil da curva de esvaziamento. Podemos concluir então, que camundongos submetidos à estresse físico sofrem aceleração do esvaziamento gástrico de sólidos.Publicado
2019-01-14
Edição
Seção
XXXVII Encontro de Iniciação Científica
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