FATORES DESENCADEANTES DE COMPORTAMENTOS ANTIPROFISSIONAIS EM HOSPITAL PÚBLICO DE ENSINO: PERSPECTIVA DA EQUIPE DE SAÚDE

Autores

  • Nathalia Lucho Zimmer
  • WANESSA PEREIRA CAVALCANTE
  • Roberta Meneses Oliveira

Resumo

O conceito de comportamento destrutivo foi recentemente introduzido na literatura de saúde, abrangendo condutas antiprofissionais no ambiente de trabalho, como agressão verbal, violência psicológica e incivilidade. Estas ações repercutem na diminuição da satisfação profissional e levam a consequências negativas para a segurança do paciente. Objetivou-se identificar os fatores desencadeantes de comportamentos antiprofissionais vivenciados e/ou percebidos por trabalhadores de saúde. Trata-se de pesquisa transversal realizada em hospital de ensino de Fortaleza-CE, entre abril a julho de 2018. Participaram 100 trabalhadores de saúde, sendo 64 profissionais de enfermagem e 36 de outras categorias. Aplicaram-se o questionário Johns Hopkins Disruptive Clinician Behavior Survey – Versão Brasileira e um questionário sociodemográfico. Os dados foram analisados com estatística descritiva, média e desvio-padrão. A pesquisa é parte do projeto guarda-chuva: “Instrumento de avaliação de comportamentos destrutivos: adaptação transcultural e validação para o contexto hospitalar brasileiro”, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE:54414916.0.0000.5040). Como resultados, a segunda subescala do instrumento (referente aos fatores desencadeantes) obteve média geral igual a 2,87, indicando a frequência ocasional destes na ocorrência dos comportamentos antiprofissionais. Alguns fatores, no entanto, alcançaram médias maiores que 3, indicando potenciais causas destas condutas. Destacaram-se: problemas sistêmicos crônicos/não resolvidos (3,61±1,36); Pressão por conta do número, volume e fluxo de pacientes (3,16±1,27); e Ambiente sobrecarregado (3,03±1,43) como os mais recorrentes na visão dos participantes. Diante do exposto, evidenciaram-se fatores que potencializam a ocorrência de comportamentos destrutivos na instituição, merecendo atenção dos gestores para melhor abordagem desse problema na prática, considerando suas repercussões para a equipe e seus pacientes.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica