FENOLOGIA DE DIFERENTES VARIEDADES LOCAIS DE FEIJÃO-CAUPI AVALIADAS EM PENTECOSTE-CE

Autores

  • Leticia Sales de Freitas Fernandes
  • MARCOS ROBERTO DE LIMA FILHO
  • ANA VIRGÍLIA DE ALMEIDA SILVA
  • YAGO LOURENÇO DE CARVALHO
  • CÂNDIDA HERMÍNIA CAMPOS DE MAGALHÃES BERTINI
  • Candida Herminia Campos de Magalhaes Bertini

Resumo

O melhoramento de variedades de feijão-caupi é de grande relevância para a região Nordeste. No entanto, com as variedades melhoradas existe uma grande imposição de seleção para cultivares mais homogêneas e produtivas, causando, muitas vezes, a perda de alguns caracteres essenciais. Já as variedades locais possuem grande chance de apresentarem esses atributos perdidos, graças à imensa diversidade genética encontrada em tais genótipos. Desse modo, objetivou-se com esse trabalho analisar a fenologia de variedades locais de feijão-caupi. O ensaio realizado foi constituído de 90 variedades de feijão-caupi originárias de vários municípios do estado do Ceará, as quais consistiram dos tratamentos que foram avaliados em delineamento de blocos casualizados com três repetições. O experimento foi conduzido na fazenda experimental da UFC em Pentecoste durante o período de março a junho de 2018, isto é, no período das chuvas. A semeadura ocorreu no dia 7 de março e os dados coletados foram relacionados aos estádios fenológicos V1, V2, V3, V4, R6, R7, R8 e R9, ou seja, foram coletadas informações desde a formação dos cotilédones até a fase de maturação dos grãos. Para tanto foram realizadas visitas semanais à área experimental coletando-se dados de cinco plantas tomadas aleatoriamente em cada parcela do ensaio ao longo do ciclo da cultura. Foram identificadas diferenças significativas entre as variedades locais para a maioria dos estádios fenológicos avaliados, fases vegetativas V1 e V2 e nas reprodutivas R6, R7, R8 e R9, observando-se discrepância significativa pelo teste F no número de dias que cada variedade necessitou para atingir as respectivas fases. Já nos estádios vegetativos V3 e V4 não ocorreu tal discrepância. As variedades alcançaram valores médios em dias para os estádios V1 de 4,36, V2 de 7,37, R6 de 37,31, R7 de 42,68, R8 de 50,53 e R9 de 61,75. De acordo com esses resultados conclui-se que a maioria das variedades avaliadas têm ciclo de vida médio a extratardio.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica