FILOSOFIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS EM ERIC WEIL

Autores

  • Rubens Pereira Cruz
  • Evanildo Costeski

Resumo

A questão das Relações Internacionais é central para a compreensão da evolução socioeconômica e política do mundo contemporâneo. A partir desse ponto de vista, há uma mudança significativa em relação às teorias políticas clássicas. Para essas teorias (de Platão a Hegel), é a teoria do Estado (da melhor constituição, justiça etc.) que é central. As relações interestatais estão em segundo lugar, às vezes marginalmente. Para o pensamento político contemporâneo, ao contrário, as relações internacionais estão no coração da reflexão. Com efeito, os Estados nacionais estão implicados na competição econômica e técnica que dão nascimento a uma sociedade globalizada. Não é possível compreender a estrutura do Estado moderno, sem analisar o seu papel na competição internacional. A consequência desta evolução, como Weil bem mostrou em sua Filosofia Política (1956), é o conflito entre o Estado e uma sociedade histórica particular no âmbito da globalização. Para elaborar uma Filosofia das Relações Internacionais a partir de Eric Weil, lançaremos mão de três escolas clássicas da Teoria das Relações Internacionais: o idealismo, o realismo e o construtivismo. Em primeiro momento, ressaltaremos a presença do idealismo e do realismo na Filosofia Política de Weil e, em um segundo momento, a partir das categorias Sentido e Sabedoria da Lógica da Filosofia e com a ajuda do Construtivismo de Alexander Wendt, buscaremos elaborar uma cultura de amizade inter-nacional, sem ignorar, obviamente, os limites impostos pela guerra e pela competição dos indivíduos e dos Estados particulares dentro da Sociedade mundial. É a partir dessa perspectiva que tentaremos desenvolver uma Filosofia das Relações Internacionais em Eric Weil.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica