FORTALEZA PIXA: PERCURSO ETNOGRÁFICO E (CIBER)ESPAÇO DA PIXAÇÃO NA CIDADE DE FORTALEZA
Resumo
O projeto de pesquisa em andamento se propõe a um esforço etnográfico de perceber percursos dobrados, entre sujeitos (grafitter e pixador), entre espaços (material e digital), e suas tensões. Objetivou-se inicialmente ampliar o conhecimento acerca do contexto atual da cena da pixação em Fortaleza. Após aproximação com discussões teóricas, desenvolveu-se como caminho metodológico a criação da Fortaleza Pixa (página na rede social Instagram) que publicaria achados do grupo de pesquisa dos pixos da cidade. Deu-se assim a princípio, porém via contato com os seguidores abriu-se o canal de participação destes para envio de fotos, contribuições em comentários e envio de mensagens por inbox. Nesse ínterim, realizaram-se entrevistas com pixadores na ativa e ex pixadores tanto virtualmente, por meio da página, quanto pessoalmente. Como resultado, fez-se possível entender a relação da pixação em Fortaleza com Arte, Política e Gênero; compreender a história do movimento na capital, bem como mapear via pesquisas virtuais as famílias da cidade. Acrescenta-se a isso, o novo percurso traçado pela Fortaleza Pixa, tendo esta tornado-se um (ciber)espaço da pixação em Fortaleza, um “muro” que ora estava com o nome de um, ora de outro, condensando as “efemeridades” e “eternidades” que constituem a dinâmica da pixação. Em virtude das supracitadas trocas, estabeleceu-se a apreensão de que o ciberespaço atualmente ultrapassa os sentidos de eternizar os xarpis e espalhar-se com maior facilidade (Diógenes, 2013) e impõe ao contexto da pixação pontos positivos, negativos e tensões. Ao final, ampliou-se o caminho etnográfico ao relacionar o referencial teórico e discurso dos atores sociais por meio de uma inserção no campo do ciberespaço. Encerra-se com devido agradecimento ao Cnpq pela concessão de bolsa de pesquisa.Publicado
2019-01-14
Edição
Seção
XXXVII Encontro de Iniciação Científica
Licença
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