HIPERSEXUALIDADE EM ESCLEROSE MÚLTIPLA: REVISÃO DE LITERATURA
Resumo
Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença em que existem muitos relatos de prejuízo na função sexual. A hiposexualidade é a principal manifestação encontrada, trazendo prejuízos na qualidade de vida do doente. Hipersexualidade e parafilias são raramente encontradas, estando associadas a hiperlibidinismo e a dificuldades de atingir orgasmo. Objetivos: Realizar uma revisão da literatura e relacionar achados anatômicos ocasionados pelas lesões à hipersexualidade em esclerose múltipla. Metodologia: Foi feita a análise da literatura pelo PubMed com os termos: multiple sclerosis hypersexuality, multiple sclerosis masturbation, multiple sclerosis fetishism e multiple scelrosis paraphilias. Foi feita uma tabela com: local das lesões, sexo e idade do início das manifestações de hipersexualidade. Resultados: Foram encontrados 7 relatos de caso. A distribuição da ocorrência mostrou-se 57% para o sexo feminino e 43% para o masculino. A média de idade de início da hipersexualidade foi de 28,2 anos, sendo notável existirem 2 casos registrados com início de 11 e 12 anos, ambos do sexo feminino. As localizações em que as lesões estiveram mais presentes foram: substância branca periventricular (4), lobo frontal (4), lobo temporal (2), hipocampo (2) e alguns componentes do diencéfalo, tálamo e hipotálamo (2), sendo mais presente individualmente lesões do tipo difusa. Conclusão: A hipersexualidade e manifestações associadas acontecem raramente na EM. Não houve uma correlação específica com as localizações das lesões para cada paciente, mas pode-se associar os casos reportados às aparições de sintomas recorrentes à síndrome do lobo frontal, lesões do lobo temporal e a disfunções do sistema límbico. Agradecimentos: suporte financeiro do CNPQ (Pibic).Publicado
2019-01-14
Edição
Seção
XXXVII Encontro de Iniciação Científica
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