ILETRADOS: A COMUNICAÇÃO PARA ALÉM DA LEITURA

Autores

  • Francisco Ideides da Silva
  • MARIA ANGÉLICA FERREIRA PONTES
  • Ricardo Jorge de Lucena Lucas

Resumo

O presente artigo tem como intuito abordar os dramas e dilemas dos analfabetos e mostrar como é estabelecida uma comunicação com o meio para além da leitura. Para tal fim, será feita uma análise semiótica de um trecho do curta-metragem “A Vida Que a Gente Só ouve Falar”, da cineasta Júlia Tami Ishikawa. Mais de 750 milhões de pessoas no mundo não conseguem ler uma simples frase. Se somada, a quantidade de pessoas que não sabem ler presentes nos dez países com o maior número de analfabetos representa 72% do total mundial. O Brasil é o país com o maior número de analfabetos das Américas e o único do continente cujo nome está presente na lista dos dez países com mais pessoas que não sabem ler nem escrever. Segundo o levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) relativo ao ano de 2016, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 7,2% de pessoas com 25 anos ou mais de idade se autodeclaram analfabetos. A porcentagem corresponde a 11,8 milhões de brasileiros. Em 2012, mais de 13 milhões de residentes do país se encaixavam no mesmo perfil. Se comparada às pesquisas anteriores, a quantidade de analfabetos diminuiu, mas o resultado não é satisfatório. O Ceará tem 1.006.020 de pessoas nessa condições. A quantidade é maior que toda a população do Acre e a porcentagem (14,2%) está entre as mais altas do país na última Pnad. As dificuldades que a falta de alfabetização cria estão diariamente na vida de quem pertence a essas estatísticas. É por isso que os analfabetos utilizam-se de outros signos e o uso dos sentidos se torna essencial, principalmente para aqueles que vivem em grandes centros urbanos.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica