IMPACTO DA APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA MICROAERÓBIA EM REATOR UASB TRATANDO ESGOTO SANITÁRIO

Autores

  • Gabriel Alfredo Garcia Neto
  • JESSYCA DE FREITAS LIMA BRITO
  • PAULO IGOR MILEN FIRMINO
  • ANDRE BEZERRA DOS SANTOS
  • Andre Bezerra dos Santos

Resumo

A sulfetogênese traz malefícios ao meio ambiente em decorrência dos efeitos negativos associados a esse gás, tais como toxicidade, odores desagradáveis, corrosão de tubulações, entre outros, podendo, inclusive, ocasionar prejuízos à saúde humana e, em altas concentrações, levar ao óbito. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência da aplicação de pequenas concentrações de ar (microaeração) em reator UASB, em escala laboratorial (volume útil de 3 L e TDH de 8 h), utilizando afluente sintético com etanol como substrato, na remoção de sulfeto do efluente e do biogás produzido. A pesquisa consistiu em três fases operacionais: anaeróbia (fase 1) (controle), microaeração no headspace (fase 2) e microaeração na manta de lodo (fase 3), com vazão de ar = 0,1 mLar.min-1, equivalente a uma razão Qar/Qaf. de 0,0032 L O2/L esgoto. Observou-se, em todas as fases, que a eficiência de remoção de DQO apresentou boa estabilidade (> 90%) e remoção de sulfato superior a 50%. A microaeração não afetou a remoção desses parâmetros, que são essenciais à estabilidade do reator. Na fase 2, houve redução considerável de sulfeto na fase líquida e gasosa. Já na fase 3, houve apenas remoção de sulfeto na fase líquida, com valores similares à fase 2, podendo afirmar que o oxigênio (O2) disponível foi completamente consumido na manta de lodo. Portanto, não houve O2 suficiente para conversão de sulfeto de hidrogênio (H2S) gasoso. No biogás, notou-se que a fração de metano decresceu aproximadamente 23% quando foi implantada a microaeração, mas mantendo-se em aproximadamente 78%. Desse modo, pode-se concluir que a tecnologia microaeróbia apresentou eficiência considerável na remoção do referido poluente, cerca de 75% de remoção de sulfeto dissolvido e 28% de remoção de H2S na fase 2, em relação à fase anaeróbia, se configurando como uma alternativa promissora de dessulfurização do biogás e da fração dissolvida.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica