INFLUÊNCIA DA MAGNITUDE DO RECURSO EM ESTRATÉGIAS DE DEFESA DE ARGIOPE ARGENTATA (ARANEAE: ARANEIDAE)

Autores

  • Otavio da Cruz Almeida Rocha
  • AUGUSTO FEYNMAN DIAS NOBRE
  • LARISSA NAYARA DE SOUSA AMARAL
  • MAIARA QUEIROZ MONTEIRO DA SILVA
  • Lorenzo Roberto Sgobaro Zanette

Resumo

Demandas conflitantes entre a necessidade de obter alimento e evitar predadores frequentemente afetam o comportamento de forrageio de um animal. A estratégia alimentar, no sentido de maximizar o ganho energético do indivíduo é chamada de teoria do forrageamento ótimo. Variáveis como energia gasta na caça, captura, consumo da presa e o ganho energético associado influenciam o nicho trófico de um predador. Aranhas construtoras de teias empregam a estratégia geral de forrageio de “senta-espera”. O tamanho da presa é uma variável importante na decisão do predador em selecionar o recurso alimentar e aranhas fazem essa seletividade por diversos meios. Porém, quando a pressão de predação sobre um organismo é muito alta, espera-se que esse organismo utilize métodos de forrageio menos arriscados, ainda que o ganho energético seja menor. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho é avaliar se a qualidade de presas influencia no tempo de fuga de aranhas quando ameaçadas. O estudo foi realizado na Fazenda Experimental do Vale do Curu, no período chuvoso de 2018. O objeto de estudo foi a aranha Argiope argentata. Sua dieta consiste em Odonata, Hemiptera, Lepidoptera, Diptera e Coleópteros. Utilizou-se uma vara de madeira com uma pinça na ponta para realizar toques no dorso das aranhas, simulando um ataque de predador. Verificou-se o tempo de resposta sem presa na teia e, após aclimatação do animal, com presa (Stiphra robusca). Todas as presas tiveram seu tamanho mensurado com uma régua. Foram também realizados os testes estatísticos de Correlação de Pearson, de Comparação da Mann-Whitney e Qui-Quadrado de Independência. Foi verificado que o tamanho da presa não influenciou no tempo de resposta de fuga. Possivelmente testes com presas distintas e de diferentes biomassas poderiam ter respostas mais significativamente diferenciadas.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica