INFLUÊNCIA SEXUAL NAS MUDANÇAS DE ATIVIDADE COMPORTAMENTAL, NEUROINFLAMATÓRIA E IDO NO MODELO DE ESTRESSE CRÔNICO IMPREVISÍVEL DE DEPRESSÃO

Autores

  • Michelle Verde Ramo Soares
  • ADRIANO JOSÉ MAIA CHAVES FILHO
  • SAMARA SALES DE OLIVEIRA
  • DANIELLE MACÊDO
  • Danielle Macedo Gaspar

Resumo

Existe uma diferença geral de gênero na prevalência de depressão, com as mulheres superando os homens em 2: 1. Durante o processo inflamatório, a enzima indoleamina 2,3-dioxigenase (IDO) é estimulada e transferida do triptofano para a produção de metabólitos neurotóxicos. O estudo objetivou investigar a influência do sexo nas alterações comportamentais, inflamatórias e na atividade de IDO em ratos adultos submetidos ao modelo de estresse crônico imprevisível (CUS) de depressão. Para tanto, ratos Wistar machos e fêmeas foram diariamente submetidos a uma bateria de estresses distintos distribuídos aleatoriamente durante 21 dias. Em seguida, os animais foram avaliados em testes de comportamento semelhante à depressão, e amostras de sangue e cérebro, córtex pré-frontal (PFC) e hipocampo (HP), foram extraídas de cada rato. Nas amostras de sangue, foram medidas as concentrações de corticosterona e, nas cerebrais, foram medidas as concentrações de citocinas pró-inflamatórias, o TNFα e o IFNγ e a atividade de IDO. Os dados foram analisados por ANOVA, seguido pelo teste de Tukey. Após a USC, ambos os sexos apresentaram um aumento significativo na imobilidade (P <0,05), porém apenas as fêmeas demonstraram uma redução no consumo de sacarose (P <0,01). Além disso, as fêmeas apresentaram um aumento significativo nos níveis de corticosterona (P <0,05). Ratos machos submetidos ao CUS apresentaram aumento nos níveis de IFNγ no PFC e HP, que foi seguido por uma lavagem na atividade IDO nesta antiga área (P <0,05). As fêmeas demonstraram um aumento significativo nos níveis de TNFα e atividade de IDO no HP (P <0,05). Nossos resultados indicaram que o sexo influencia a fisiopatologia inflamatória da depressão demonstrando a vulnerabilidade do sexo feminino a alterações comportamentais do tipo depressivo, bem como a presença de alterações na atividade da IDO, área-cerebral dependente, após o protocolo de USC em fêmeas.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica