INFLUÊNCIAS DOS ORGANISMOS INTERNACIONAIS NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: ATUAÇÃO DO BANCO MUNDIAL E A POLÍTICA DE RESULTADOS

Autores

  • Ana Catarina Pontes Lopes Vieira
  • MARIA LUANA TEIXEIRA CHAVES
  • KALINA GONDIM DE OLIVEIRA
  • PERLA ALMEIDA RODRIGUES FREIRE
  • BRUNO REGINALDO DA SILVA
  • Clarice Zientarski

Resumo

Este trabalho visa contribuir para a análise e o debate acerca da atuação dos organismos internacionais na educação dos países emergentes. Além disso, busca identificar os efeitos das reformas e das agendas globais (com ênfase no Banco Mundial) na educação brasileira. Para tanto, realiza uma pesquisa bibliográfica e documental para compreender o que subsidia as múltiplas determinações que sofre a política educacional contemporânea, entendendo que a esfera educacional está inserida na sociedade capitalista, sendo influenciada pelo ritmo e estrutura dessa sociedade, que na fase atual está em um processo de mundialização. Neste prisma, constituem novos centros de poderes, onde fixam-se os organismos internacionais, cuja influência e presença estão para além dos investimentos e recursos aplicados. Para esse intento, reverenciando o materialismo histórico dialético, apoia-se na leitura de autores que fazem a análise do cenário político, econômico e cultural da atualidade. Parte da premissa de que a atuação desses organismos está profundamente enraizada nas questões administrativas, de planejamento e de gestão do ensino público brasileiro, em especial no ensino básico. As políticas que estes organismos internacionais determinam para os países emergentes defendem uma análise economicista, além da privatização e da responsabilização da escola e professores enfraquecendo e eximindo o Estado de sua responsabilidade. Conclui que estas políticas são aplicadas ao Brasil desde as reformas educacionais dos anos 1990 e atendem às diretrizes traçadas pelo Banco Mundial para a educação, assim, a chamada política de resultados não apresenta o resultado esperado. E os quase trinta anos dessas políticas traduzem-se na educação contemporânea através de uma educação empobrecida, esvaziamento do currículo escolar, na desvalorização e tecnização da formação de professores e em práticas de promoção compulsória resultando em altos níveis de anafalbetismo funcional.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica