INOVAÇÃO TECNOLÓGICA PARA LIBERAÇÃO DE PARASITOIDES <I>TRICHOGRAMMA</I> SPP. (HYM.: TRICHOGRAMMATIDAE) EM CAMPO

Autores

  • Laura Carla Marinho Bezerra
  • SUYANNE ARAÚJO DE SOUZA
  • LORENA GOMES GIRÃO PAIVA
  • CRISTIANE RAMOS COUTINHO
  • Patrik Luiz Pastori

Resumo

A criação massal de insetos benéficos como Trichogramma spp. (Hym.: Trichogrammatidae) caracteriza-se pela produção de um número máximo de fêmeas férteis no tempo mais curto, com o mínimo de homens/hora, de espaço e com baixo custo. Além da qualidade final, umas das etapas que deve ser priorizada no processo de criação massal é a elaboração de metodologias eficientes de liberação dos parasitoides, garantindo que os mesmos consigam chegar ao alvo em campo. Assim, um dos grandes desafios das StartUp’s que produzem inimigos naturais é a produção de tecnologias de liberação dos parasitoides. O tecido-não-tecido (TNT) é um material já utilizado na agricultura para o ensacamento de frutos e poderia ser uma alternativa para liberação de Trichogramma spp. Assim, o objetivo desse trabalho foi validar o TNT como tecnologia de liberação de T. pretiosum, com vistas a gerar um “produto mínimo viável” a ser testado posteriormente em campo. O experimento foi realizado no Laboratório de Entomologia Aplicada (LEA) e foram avaliados saquinhos de TNT nas gramaturas de 35, 40 e 60 micras. Foram confeccionados 15 saquinhos por tratamento, onde foram inseridas cartelas contendo em média 60 ovos de Anagasta kuehniella (Lep.: Pyralidae) parasitados por T. pretiosum. Os saquinhos, após selados, foram inseridos em potes de vidro (7,0 x 5,0 cm) e, estes vedados com filme plástico PVC® e mantidos à 25±3ºC, UR= 70±10% e fotofase de 12 horas. Após emergência e morte, os parasitoides foram contados. Saquinhos confeccionados com TNT de 40 e 60 micras permitiram que 60,7 e 56,7% dos adultos saíssem de seu interior, enquanto que nos de 35 micras apenas 3,0% dos adultos conseguiram sair. O TNT de 40 e 60 micras é mais espesso e pelo menor desfio permitiu melhor saída dos parasitoides. Conclui-se que ainda é preciso um melhor ajuste dos saquinhos de TNT para melhorar o percentual de saída dos parasitoides e definir a tecnologia a ser testada em campo.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica