INVESTIGAÇÃO DA AÇÃO OXIDATIVA DO COBRE(II) E FERRO(III) NO COMPLEXO IQG607- UMA POTENCIAL DROGA ANTI-TUBERCULOSE

Autores

  • Everton Diogenes
  • LUIZ GONZAGA DE FRANÇA LOPES
  • EDUARDO HENRIQUE SILVA DE SOUSA
  • FRANCISCA GILMARA DE MESQUITA VIEIRA
  • Luiz Gonzaga de Franca Lopes

Resumo

No fim do século XX, significativo número de cepas do Mycobacterium tuberculosis exibindo resistencia à isoniazida foram descobertas. A isoniazida é uma droga usada na primeira linha de tratamento contra a tuberculose. Atualmente, sabe-se que se trata de um pró-fármaco, cuja ativação a sua forma farmacologicamente ativa depende de um processo de oxidação catalisado pela enzima KatG. Este processo é o ponto principal de resistencia bacteriana ao medicamento. Com objetivo de superar esta resistência, o complexo de pentacianoferrato(II) com isoniazida coordenada foi sintetizado, conhecido como IQG607. Uma série de estudos toxicológicos, biológicos e químicos foram conduzidos com resultados promissores que podem levar ao composto entrar testes clínicos. Entretanto, questionamentos sobre a estabilidade do composto nas condições dos testes biológicos, em particular o meio de cultura Middlebrook, que possui íons Cu(II) e Fe(III), os quais poderiam atuar como agentes oxidantes do complexo ou da isoniazida. Assim, investigamos esse possível problema por cromatografia liquida de alta eficiência(CLAE) usando cobre(II) e ferro(III) em concentrações equimolares até concentrações traços, bem como na presença e ausência de oxigênio. Curiosamente, observamos que IQG607 pode ser oxidado por Cu(II) de forma estequiométrica, independente de oxigênio, com a produção de ácido isonicotínico. Estes resultados sugerem que os testes biológicos podem ser comprometidos e possivelmente melhores caso essa decomposição fosse evitada, trazendo o alerta para tais estudos e a estabilidade dos compostos testados.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica