LECTINA DA ALGA MARINHA VERMELHA MERISTIELLA ECHINOCARPA: UM NOVO MEMBRO DA FAMÍLIA DE LECTINA OAAH.

Autores

  • Joao Pedro Freire Alves da Silva
  • LÍVIA TORQUATO DA SILVA
  • RÔMULO FARIAS CARNEIRO
  • RENATA PINHEIRO CHAVES
  • ALEXANDRE HOLANDA SAMPAIO
  • Celso Shiniti Nagano

Resumo

As interações proteína-carboidrato possuem um papel chave em numerosos processos biológicos e patológicos. As lectinas são as proteínas que decifram os glicocódigos nas estruturas dos glicanos associados à glicoproteína solúveis e de membrana. Os estudos a respeito da presença e distribuição de lectinas em organismos marinhos se concentram em poucos filos. Em particular, o número de lectinas isoladas de organismos marinhos é pequeno frente à diversidade de lectinas purificadas de plantas e se limita àquelas parcialmente caracterizadas em peixes e alguns poucos invertebrados. O objetivo deste trabalho foi de caracterizar bioquimicamente a lectina presente na alga marinha vermelha Meristiella Echinocarpa (MEL) e determinar sua sequência de aminoácidos. MEL, uma nova lectina isolada da alga marinha vermelha Meristiella echinocarpa é uma proteína monomérica de 28 kDa com especificidade à manana. Sua atividade hemaglutinante se apresentou estável entre os pH 5 e 10, e em temperaturas até 50°C, EDTA ou íons divalentes afetaram sua atividade. A sequência completa de aminoácidos foi determinada mediante combinação de hidrólise enzimática, espectrometria de massas sequencial dos fragmentos trípticos e clonagem de DNA. Como um novo membro da família OAAH, a estrutura primária de MEL é composta por 267 aminoácidos distribuídos em quatro domínios repetidos que compartilham entre si 48% de identidade. A estrutura secundária da proteína é predominantemente conformação beta. A temperatura de desnaturação da lectina foi de 54 e 61°C e na ausência e na presença de manana, respectivamente. Apoio: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica