LEVANTAMENTO E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DE DITASSA (ASCLEPIADOIDEAE/APOCYNACEAE) NO CEARÁ

Autores

  • Diego Costa Farias
  • NATANAEL COSTA REBOUÇAS
  • FERNANDA MELO GOMES
  • MARIA IRACEMA BEZERRA LOIOLA
  • Maria Iracema Bezerra Loiola

Resumo

Ditassa é um gênero neotropical, pertencente a subfamília Asclepiadoideae/Apocynaceae. É representado por trepadeiras e subarbustos, com cimeiras subaxilares e umbeliformes. No Brasil, ocorrem 62 espécies do gênero Ditassa, sendo 50 endêmicas, registradas nos domínios fitogeográficos: Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. Incluso no projeto “Flora do Ceará”, este estudo teve como objetivo verificar a ocorrência das espécies de Ditassa no estado, atualizando a identificação e a distribuição geográfica dos táxons. O estudo foi baseado na análise de dados obtidos nas etiquetas de exsicatas depositadas nos herbários EAC, EAN, HCDAL, HDELTA, HUEFS, HVASF, IPA e R, disponíveis nos sítios do Centro de Referência de informação Ambiental - CRIA e Flora do Brasil 2020. Para o Ceará foram registradas seis espécies de Ditassa: D. blanchetii Decne., D. capillaris E. Fourn., D. dardanoi T. U. P. Konno & Wand., D. glaziouvii E. Fourn., D. hastata Decne e D. hispida (Vell.) Fontella. As espécies foram encontradas em 14 municípios, habitando tanto ambientes secos como Savana Estépica (caatinga, carrasco), Savana (cerrado) ou ambientes mais úmidos como Floresta Ombrófila (mata úmida), Floresta Estacional Perenifolia (floresta sempre-verde) e Floresta Ciliar (mata ciliar), ocorrendo, ainda, em outras vegetações do esatdo. D. hastata foi a espécie que apresentou a maior distribuição, registrada em cinco municípios no interior do estado; já D. hispida tem distribuição mais na zona costeira, registrada em três municípios, dentre esses Fortaleza e Aquiraz. D. blanchetii e D. glaziouvii foram consideradas espécies raras, tendo ambas um registro apenas. Concluiu-se que embora as espécies de Ditassa apresentem uma ampla diversidade ecológica, sendo presente nos mais diferentes tipos vegetais, há a necessidade de maior esforço amostral para a coleta dos representantes desse táxon no território cearense. (CNPq)

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica