METABOLISMO DE ACTINOBACTÉRIAS DE SOLO DO SEMIÁRIO: O EFEITO DO NACL NA ATIVIDADE CELULOLÍTICA

Autores

  • Karoline Alves Ramos
  • CLAUDIA MIRANDA MARTINS
  • Suzana Claudia Silveira Martins

Resumo

O semiárido Nordestino é uma região onde predomina condições abióticas limitantes que afetam negativamente as características do solo e, consequentemente, a microbiota desse habitat. Entre os microrganismos estão as actinobactérias, que se destacam por seu potencial para a produção de enzimas extracelulares capazes de hidrolisar substratos complexos, disponibilizando nutrientes para o crescimento microbiano. Tendo em conta a abundância da celulose, a representatividade das actinobactérias e a elevada salinidade de solo do semiárido, este trabalho avaliou o efeito de diferentes concentrações salinas na atividade celulolítica de treze cepas de actinobactérias reconhecidamente facilitadoras do crescimento de rizóbios, isoladas de solo de uma região do semiárido nordestino. As cepas foram analisadas quanto a capacidade de apresentar atividade celulolítica nas concentrações 1%, 2%, 3% e 4% de NaCl. Na menor concentração todas as cepas cresceram e apresentaram halo de degradação da celulose, evidenciado pela solução de vermelho congo. Na concentração de 2%, embora a atividade celulolítica tenha persistido, foi perceptível a redução do halo e das colônias das cepas avaliadas. A cepa UB-12 destacou-se com valores de índice enzimático (IE) de 6,03 e 3,09, nas concentrações de 1% e 3%, respectivamente. Nas demais concentrações todas as actinobactérias apresentaram comportamento semelhante, ressaltando-se que na maior concentração de NaCl (4%), três cepas de actinobactérias ainda apresentaram halo enzimático. Assim, a atividade celulolítica detectada em condições extremas de salinidade sugere o potencial dessas actinobactérias para manter os processos biológicos dos quais participam mesmo em condições abióticas limitantes, características dos solos da região de que foram isoladas.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica