COMO O CONHECIMENTO TÉCNICO/CIENTÍFICO PODE IMPACTAR EM UM PROJETO DE ASSISTÊNCIA A IDOSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Antonio Eduardo de Castro Barros
  • Thamires Almeida Gomes
  • Glautemberg de Almeida Viana
  • Jânio Emanuel Andrade Cavalcante
  • Alexandre Casimiro de Macedo
  • Aparecida Tiemi Nagao Dias

Resumo

O acometimento por morbidades causa impacto na qualidade de vida do indivíduo e afeta toda a família, sendo, por vezes, causa da institucionalização dos idosos. No presente trabalho, 51 idosos entre 60 e 85 anos de idade, residentes no Lar Três Irmãs, CE, foram avaliados quanto a perfil hematológico e bioquímico, e uma idosa realizou o teste de VDRL após ter tratado sífilis. As amostras de sangue foram coletadas no Lar (junho de 2019) e analisadasno Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas (LACT/UFC). Uma porcentagem variável dos idosos apresentaram níveis aumentados de glicose, colesterol e/ou triglicérides. Uma pequena porcentagem apresentou redução do número de hemácias e uma apresentou plaquetopenia. O presente trabalho é um espelho do que se realiza anualmente no Lar. Verifica-se que nos últimos 2 anos, os idosos apresentaram elevação de colesterol. Buscou-se reavaliar a questão nutricional, observando-se a necessidade de incluir mais fibras e menor quantidade de carboidratos e gorduras de um modo geral; no entanto, é desafiador já que o Lar depende exclusivamente de doações.Um fato inusitado ocorreu, quando se estudou a ocorrência deplaquetopenia e níveis aumentados de AST em uma idosa. Os dados foram empregados em um cálculo matemático proposto para avaliação de fibrose hepática(https://www.hepatitisc.uw.edu/page/clinical-calculators/apri). A partir do cálculo, suspeitou-se deprocesso inflamatório no fígado. Hepatites virais foram investigadas. Descobriu-se que ela estava com hepatite B crônica. Quanto à idosa com sífilis, verificou-se que após um ano do término do tratamento, que os títulos de VDRLreduziram apenas 2 vezes em comparação aos valores iniciais. Segundo o Ministério da Saúde, ela não está curada, ou seja, é necessário realizar outras investigações. Esta é uma pequena amostra de como o conhecimento técnico/científico pode impactar positivamente na qualidade de vida dos idosos.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

I Encontro de Produção de Pesquisa Científica de Servidores Docentes e Tec.-Adm.