UM ESTUDO ETNOGRÁFICO SOBRE A PERMANÊNCIA DO ENSINO MÉDIO NOTURNO NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE QUEIMADAS-CRATEÚS-CEARÁ.
Resumo
O argumento descrito nessa pesquisa reflete a luta pela educação de nível médio dos jovens do Quilombo de Queimadas, localizado na cidade de Crateús-Ceará. Essa comunidade é composta por 95 famílias, tendo aproximadamente 364 pessoas, entre idosos, jovens, crianças e adultos. A Associação Quilombola fica sob a coordenação das mulheres que lutam intensamente contra os latifundiários da região dos Inhamuns para manter suas raízes ancestrais, seu espaço na terra e acima de tudo sua sobrevivência através do que ali é produzido e revestido no sustento de suas famílias. Mais recentemente, outra luta que tem mobilizado a comunidade é para manter funcionando na localidade Queimadas, uma extensão de matrícula para jovens do Ensino Médio, pertencente ao Colégio Estadual Regina Pacis, a qual, constantemente tem sido alvo de ameaças de deixar de existir. Esse episódio inquieta a vida da comunidade que se vê diante de mais um desafio: manter funcionando este espaço no turno noturno, pois os jovens desta comunidade não podem estudar no ensino diurno já que contribuem com o trabalho na lavoura, que abastece o mercado local. Diante do exposto o objetivo desta pesquisa foi o evidenciar a luta pela sobrevivência e pela educação no Quilombo das Queimadas, que vem a cada dia sendo mais intensa, diante dos desafios que ali ocorrem. A pesquisa sobre a necessidade de manter a escola funcionando à noite foi realizada no segundo semestre de 2019 com 42 jovens desta comunidade que compõem o 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio. A metodologia utilizada foi o questionário, com perguntas discursivas e a realização de uma entrevista com membros deste grupo. Como resultados, a pesquisa aponta a necessidade de continuidade dessa extensão de matrícula quem vem promovendo o acesso à educação de nível médio para os jovens quilombolas daquela região, além de tornar a sociedade sabedora das problemáticas que assolam a comunidade Quilombola de Queimadas.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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