REGISTROS DE OCORRÊNCIA DE ENCALHES E NINHOS DE TARTARUGAS MARINHAS PELO PROJETO INTERPESCA/UFC NA TEMPORADA DE 2018/2019
Resumo
Das sete espécies de tartarugas marinhas existentes no mundo, cinco ocorrem no Brasil. O litoral do Ceará é uma importante área de alimentação, descanso e corredor migratório para as espécies que ocorrem no país. Todas essas espécies estão ameaçadas de extinção, de acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Dessa forma, é fundamental que haja a conservação das áreas de ocorrências das tartarugas marinhas. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo realizar um levantamento dos registros de ocorrência de encalhes e ninhos de tartarugas marinhas feitos pelo Projeto Interpesca/UFC na área compreendida entre os portos do Pecém e Mucuripe durante a temporada de 2018/2019 e compará-lo com os registros das temporadas anteriores. As ocorrências foram registradas a partir de monitoramentos periódicos da área, através de um aplicativo e também da colaboração de parceiros do projeto. Durante a temporada de 2018/2019 foram registrados 23 encalhes e 5 ninhos. Até o momento, apenas no ano de 2019 foram contabilizados 28 encalhes. A maioria dos encalhes ocorreu no segundo semestre do ano por conta da temporada de ventos na região Nordeste. Quanto aos ninhos, houve uma maior ocorrência no primeiro semestre, que é referente à época reprodutiva, de janeiro a junho. No início da atuação do projeto em 2016 foi registrado baixo número de ninhos registrados na temporada de 2016/2017. No entanto, os registros de ocorrências de encalhes estão aumentando devido as atividades do Projeto estarem se tornando cada vez mais conhecidas. O monitoramento contínuo de encalhes e ninhos é importante para identificar possíveis padrões de comportamento. Desde 2016, o projeto atua no levantamento dessas ocorrências com o intuito de gerar dados que irão compor séries históricas. Esses estudos permitem analisar as causas relacionadas aos encalhes e obter dados importantes para o manejo e conservação destes animais.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXVIII Encontro de Extensão
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