O CONCEITO DE CRIANÇA EXCEPCIONAL NA SOCIEDADE PESTALOZZI DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PELAS REVISTAS CRIANÇA EXCEPCIONAL (1969-1978).

Autores

  • Cindi Eveli do Nascimento
  • Heulalia Charalo Rafante

Resumo

Trata-se da continuidade do estudo que analisou o conceito de criança excepcional da Sociedade Pestalozzi do Estado do Rio de Janeiro (SPERJ) (1964-1986), por meio da análise dos Relatórios da Diretoria. Ampliou-se a análise sobre o conceito de excepcional, utilizando outra fonte primária produzida pela instituição: as edições da Revistas Criança Excepcional (1969-1978). À luz de Gramsci (2001), verificou-se a contribuição da SPERJ para a criação de uma cultura sobre a criança excepcional por meio da publicação da revista. Nos resultados obtidos na pesquisa anterior (NASCIMENTO; RAFANTE, 2019), com os Relatórios da Diretoria, constatou-se que, até os primeiros anos da década de 1970, era considerada excepcional a criança que apresentasse distúrbios biológicos, físicos ou mentais, ou, ainda, dificuldade de aprendizagem ou comportamental e os termos utilizados para denominá-las eram: alunos enfermos, crianças retardadas, criança excepcional, deficiente mental e retardado. Comparando-se as fontes, evidenciou-se que, embora com um recorte temporal menor, as revistas apresentam informações mais detalhadas, apresentando termos que não aparecem nos relatórios, como oligofrênicos e mongoloide, sendo este último uma referência vulgar à criança com Síndrome de Down. Também aparece a terminologia da deficiência mental, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), que a classifica em quatro níveis: o leve, o moderado, o severo e o profundo. Foram constatadas outras terminologias, tais como: o excepcional infradotado, o sensorial, o dependente e o adestrável, e a permanência de outros termos, sendo eles: treinável, educável e superdotado, assim como aparecem termos pejorativos: crianças retardadas e disrítmicas, imbecis leves e anormal. O presente estudo mapeou o conceito de excepcional disseminado pela SPERJ na década de 1970 no Brasil.

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Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica