ESTUDO DO ARRANJO FORMADOR

Autores

  • Angelo Ceccatto Cruz Santana
  • Gabriel Moura Loiola Dias
  • Gerardo Silveira Viana Junior

Resumo

O projeto Casa da Voz busca fomentar a formação de coralistas, preparadores vocais e regentes, através de atividades de canto coral distribuídas por vários centros na UFC. Para isso vem sendo preparado um repertório de relevância tanto para a preparação individual do cantor, como do coral como um todo. Nesse contexto, surge a necessidade de escrita de arranjos vocais que contemplem tanto as necessidades técnicas de formação de natureza individual quanto coletiva. Inicialmente foram estudados arranjos de Samuel Kerr (Estrela do Mar, de Paulo Soledade e Marino Pinto), Arlindo Teixeira (Berimbau, de Vinícius de Moraes e Baden Powell), e uma composição de Orlando Leite (Maracatu Pulsante), os quais fazem uso, em maior ou menor grau, de melodias repetidas, consonâncias perfeitas e imperfeitas, estruturas rítmicas simples (isorritmia e contracanto silábico passivo), estruturas mais fáceis de se memorizar (ex: ABAB), dentre outras técnicas composicionais. Para o arranjador, que muitas vezes também rege o coral para o qual escreve (Oliveira e Igayara-Souza, 2017), esse processo se faz fundamental em sua formação como regente e facilitador, devido à maior versatilidade para criação de arranjos que contemplem o nível do coro enquanto realizam o canto polifônico. Para os coralistas, especialmente os amadores, esse processo pode ajudá-los a atingir o objetivo de cantar junto de forma mais otimizada. Naturalmente, o trabalho de ensaio tanto do regente quanto do preparador vocal ainda se constituem nas maiores influências no som do coral, mas o trabalho do arranjador também deve ser aferido pelo desempenho do coral, devido à centralidade do arranjo no trabalho de canto coletivo.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

VII Encontro de Cultura Artística Online