EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS-EJA: A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES(AS) E AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.

Resumo

Este trabalho objetiva analisar a importância de uma formação docente mais específica e qualificada destinada aos profissionais da Educação Básica para atuar na modalidade de EJA. Busca refletir, por exemplo, sobre o número reduzido de disciplinas específicas exigidas no currículo do Curso de Pedagogia da FACED/UFC que oferece, atualmente, apenas uma disciplina obrigatória com 64 (sessenta e quatro) horas no semestre. O que se configura muito pouco diante das necessidades de processos formativos mais consistentes, de acordo com as proposições contidas na Lei de Diretrizes e Bases-LDB nº 9.394/96 quanto aos direitos em suas especificidades e, garantido pela Constituição Federal de 1988 em seu Artigo 208 Inciso I destinado ao público-alvo da EJA. Dessa forma, as práticas descontextualizadas com a realidade própria e específica do público-alvo da EJA ocasionam práticas pedagógicas infantilizadoras, as quais perpetuam sentimentos de “exclusão” desses alunos nos processos educacionais. Na metodologia, a opção foi por um estudo bibliográfico e documental, cuja a fundamentação teórica foi delineada a partir da ideias de teóricos da Educação como Brunel(2008); Freire(2003); Gadotti(2012); Machado(2016) e Lerche(2008) que possibilitou apontar características marcantes e necessárias para a formação de educadores(as) da EJA. Conclui-se então, a necessidade urgente de identificar, refletir e transpor os desafios que permeiam as práticas atuais na EJA que refletem uma perspectiva excludente, pela ausência de melhoria na especificidade da formação dos professores dessa modalidade, considerando ainda, a necessidade de políticas públicas mais consistentes que alterem a posição sempre secundária ocupada pela Educação de Jovens e Adultos no cenário nacional, mesmo após quase 25 anos da promulgação da LDB nº 9.394/96.