A AUTOETNOGRAFIA NA PESQUISA SOCIOLÓGICA
Resumo
Ingressei no Programa de Pós-Graduação em Sociologia com o projeto intitulado “Do quartinho à sala de aula – O emprego doméstico e a trajetória de estudantes de universidades federais”, que busca analisar como a profissão das mães impactou a trajetória escolar dos estudantes universitários filhos de domésticas, influenciando suas escolhas acadêmicas e profissionais. Neste artigo, parto de uma narrativa de minha própria experiência pessoal como estudante universitária filha de trabalhadora doméstica, tendo por base o método da autoetnografia. Em seguida, procedo à revisão de literatura sobre autoetnografia em pesquisas sociológias e antropológicas (Ribbens, 1993; Zuss, 1995; Davenport, 1994; Tenni, Smith & Boucher,2003; Vidal-Ortiz, 2004), analisando as vantagens, os limites e os cuidados requeridos com o uso deste método de pesquisa em ciências sociais. Por vezes renegado enquanto método científico pelas correntes metodológicas mais tradicionais, busco através da literatura analisada expor os resultados inovadores que a autoetnografia tem proporcionado em pesquisas no campo das ciências sociais, seja como método e também como parte da escrita acadêmica. Acostumados a associar rigor acadêmico com a impessoalidade, nos colocarmos autobiograficamente na pesquisa pode causar certo estranhamento inicial. No entanto, argumento em favor das possibilidades de associar a escrita pessoal, autobiográfica e autoetnográfica ao rigor científico, com grande potencial de conduzir à inovação teórica e metodológica em estudos sociológicos e antropológicos.Downloads
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Publicado
2021-01-01
Edição
Seção
XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
Licença
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