A MONITORIA DE TERAPIA INTENSIVA NO CONTEXTO DE PANDEMIA DA COVID-19: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Resumo
Tendo em vista o novo contexto de pandemia, em que as aulas práticas se tornaram cada vez mais escassas, o ensino do módulo de terapia intensiva do curso de Medicina da UFC se mostrou extremamente desafiador, uma vez que, para esta disciplina, a prática é fundamental. Durante o ano de 2020, a monitoria se desenrolou inteiramente de forma virtual, por meio de aulas remotas, bem como disponibilização de materiais online. Diante da realidade vigente, notou-se uma diminuição sobremaneira da adesão às atividades por parte dos alunos do 8º semestre do curso de medicina. Além disso, alguns conhecimentos-chave para o médico não puderam ser abordados, como o exame físico no paciente crítico, as vivências e as rotinas das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), o funcionamento dos dispositivos utilizados nessas unidades e o manejo avançado de vias aéreas. Nesse contexto, as principais dificuldades encontradas pelos monitores foram a impossibilidade de reunir alunos presencialmente para oficinas práticas, o contato ínfimo dos estudantes com pacientes e a confrontação de se ensinar de forma teórica um conteúdo eminentemente prático. No entanto, apesar de todos os empecilhos às atividades propostas pelo monitores e professores no módulo de Terapia Intensiva, os alunos conseguiram manter um bom desempenho nas avaliações formais, o que mostra uma boa assimilação do conteúdo proposto. Dessa forma, infere-se que existem inúmeras dificuldades no ensino à distância, principalmente em disciplinas em que o contato humano próximo é mister e insubstituível. Diante disso, como forma de suplementar o aprendizado durante as aulas remotas, é importante o investimento na diversificação de materiais didáticos a serem disponibilizados aos alunos, bem como pode ser realizada a reposição de vivências práticas após a normalização do cronograma universitário.Publicado
2021-01-01
Edição
Seção
XXIX Encontro de Iniciação à Docência
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