ABORDAGEM QUANTITATIVA NA INTERPRETAÇÃO DO ULTRASSOM DE NÓDULOS DA TIREÓIDE

Autores

  • Ronaldo Ikaro Farias Araujo
  • Catarina Brasil D'alva
  • Danielle de Souza Bessa
  • Virginia Oliveira Fernandes Cortez
  • Yan Bruno Colares Botelho
  • Manoel Ricardo Alves Martins

Resumo

Introdução: A literatura oferece vários estudos sobre o uso do ultrassom (US) para a diferenciação entre nódulos tireoidianos benignos e malignos. O Consenso Brasileiro de Nódulo Tireoidiano e Câncer utiliza o conceito de nódulo suspeito ao US, porém essa definição é subjetiva para os alunos da monitoria de Endocrinologia. Dessa forma, uma revisão que proponha uma abordagem prática, com critérios quantitativos, para a identificação de risco de malignidade ao US é uma ferramenta de ensino potencialmente eficaz. Objetivos: Enfatizar os aspectos mais relevantes na interpretação das probabilidades pós-teste a partir de achados do US da tireóide, com foco na proposta de uma abordagem quantitativa para a diferenciação entre nódulos tireoidianos benignos e malignos. Exemplificar o uso das razões de verossimilhança (RV positiva e RV negativa) no cálculo de probabilidades diagnósticas. Metodologia: Foi realizada uma revisão de estudos observacionais que publicaram resultados analíticos sobre as características de performance diagnóstica dos principais achados ultrassonográficos dos nódulos tireoidianos. Foram considerados apenas os estudos que utilizaram o exame histopatológico pós-cirúrgico como padrão para o diagnóstico. Resultados: Foram incluídos os resultados histopatológicos de um total de 12.786 nódulos tireoidianos cujos 10 principais achados ao US foram explicitados. As seguintes combinações de achados ao US garantem uma probabilidade pós-teste significativa para malignidade: 3 ou 4 achados positivos (incluindo os dois de maior RV), 5 achados positivos (incluindo o de maior RV), 6 achados positivos (incluindo um dos dois de maior RV) e 7 ou mais achados quaisquer positivos. Conclusão: Foram identificadas regras práticas de combinações de achados ultrassonográficos que elevam consideravelmente a probabilidade de malignidade. As combinações que não atendem a essas regras possuem probabilidade pós-teste em níveis equivalentes ao da probabilidade pré-teste.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXIX Encontro de Iniciação à Docência