ANÁLISE QUANTITATIVA DE PACIENTES SUBMETIDOS A GASTRECTOMIAS ONCOLÓGICAS PELO SUS ENTRE 2015 A 2018 E SUA RELAÇÃO COM O NÚMERO DE ÓBITOS DECORRENTE DE CÂNCER GÁSTRICO NO NORDESTE.

Autores

  • Igor Carneiro Rodrigues
  • Breno Wellington Mesquita Silveira
  • Carlos Eduardo Lopes Soares
  • Juliana Oliveira Gurgel
  • Camila Cavalcante Martins
  • Fernando Antonio Siqueira Pinheiro

Resumo

Introdução: Estimativas do INCA preveem que 5.090 casos novos de câncer gástrico serão diagnosticados por ano no triênio 2020-2022, apenas na região nordeste com incidência de 10,63 para homens e 7,03 para mulheres, sendo um grande problema de saúde pública pela alta mortalidade associada. O subtipo mais comum é o Adenocarcinoma e o tratamento curativo é possível apenas com procedimentos endoscópicos e pela ressecção cirúrgica, sendo necessária a detecção em estágios precoces que é dificultada pela característica indolente dessa neoplasia e pelos poucos recursos e métodos disponíveis para rastreio. Objetivo: Analisar a incidência de pacientes submetidos à gastrectomias oncológicas pelo SUS, fazendo uma relação com a mortalidade para avaliar o tratamento cirúrgico de câncer gástrico no Nordeste. Método: Estudo epidemiológico retrospectivo, transversal e quantitativo a partir de dados disponíveis no sistema de informação sobre mortalidade, no sistema de informações hospitalares e nos dados populacionais do IBGE. Resultados: No período, houve 7.910 gastrectomias no Brasil, sendo 1.035 no nordeste, uma média de 259 cirurgias por ano ou 1,04 a cada 100 mil habitantes/ano. Com isso, Nordeste é a região brasileira que menos faz cirurgias por habitantes, com 0,49 cirurgias. Contudo, pode-se observar um aumento significativo nos últimos anos, de 0,41, em 2015 para 0,65, em 2018. No Brasil foram registrados 57.992 óbitos decorrentes de câncer gástrico, sendo 13.436 no nordeste, uma média de 6,33 óbitos a cada 100 mil habitantes. Mesmo com o aumento no número de cirurgias realizadas houve um aumento na mortalidade que era 6,23 em 2015, passando para 6,59 em 2018. Conclusão: É preciso aumentar a detecção precoce de câncer gástrico para proporcionar a esses pacientes o tratamento cirúrgico com intenção curativa, reduzindo a mortalidade dessa enfermidade, pois, apesar do aumento nos procedimentos realizados, não houve redução na mortalidade, mas um aumento dela.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXIX Encontro de Iniciação à Docência