ATIVIDADES SÍNCRONAS E ASSÍNCRONAS NA PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO DE MEDICINA DA UFC DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19: SUAS PREFERÊNCIAS, VANTAGENS E DESVANTAGENS

Resumo

No contexto da pandemia de COVID-19, surgiu o desafio nas instituições de ensino de reestruturar suas metodologias para aprendizagem à distância. Assim, atividades se tornaram síncronas (aulas teóricas ou discussões ministradas por videoconferência) ou assíncronas (aulas gravadas e disponibilizadas a posteriori). Objetiva se avaliar percepções dos alunos do curso de Medicina da UFC quanto à eficácia e à satisfação com relação aos dois métodos. Foram elaborados e aplicados questões objetivas e subjetivas, para alunos da Medicina entre o primeiro e o oitavo semestres. Todos os participantes (60 alunos) tiveram atividades síncronas e assíncronas. Desses, 68,3% referiram rendimento melhor com atividades assíncronas do que síncronas, citando como vantagens horários mais oportunos, dinâmica de pausar, avançar ou retroceder o vídeo de acordo com seu próprio ritmo. Dos participantes, 55% afirmaram falta ou falha de infraestrutura tecnológica para atividades à distância (síncronas ou assíncronas). Desses, 97% referiram prejuízos para o aprendizado no modo síncrono por não ter conexão, má conexão de Internet, ou falta de receptor para assistir suas aulas. Quando o modo assíncrono foi comparado com as atividades presenciais antes da pandemia, 30% dos estudantes relataram piora do seu rendimento. Por sua vez, quando atividades síncronas foram comparadas com presenciais, 60% dos estudantes relataram pior rendimento. 88,3% afirmaram que ainda gostariam de atividades assíncronas on-line em caso do retorno das aulas presenciais. Assim, o estudo revelou preferência dos participantes por atividades assíncronas, em razão de maior satisfação devido à praticidade e à flexibilidade dessas.