DOR E ERGONOMIA EM ESTUDANTES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DO CURSO DE ODONTOLOGIA

Autores

  • Julia Luiza Azevedo Barbosa
  • Walda Viana Brígido de Moura
  • Érika Brasil Cavalcante Citó
  • Ana Karine Macedo Teixeira

Resumo

Utilizar os princípios ergonômicos na Odontologia é essencial para uma prática salubre e confortável para o profissional, visto que os cirurgiões-dentistas estão expostos a riscos ergonômicos, como o mau posicionamento, movimentos repetitivos e tensão muscular durante a prática clínica, acarretando em dores musculo esqueléticas. Na disciplina de Atenção Primária à Saúde (APS) os princípios ergonômicos são explicados inicialmente e os alunos são orientados a utilizarem deles na prática. O objetivo desse trabalho foi identificar como os alunos do 4º semestre de Odontologia matriculados na disciplina de APS percebem seu corpo em relação às dores corporais. Para isso, os 19 alunos responderam um formulário na plataforma Google Forms, acerca da pesença de dor e suas características tais como frequência, intensidade localização, influência sobre as atividades diárias e mudanças em relação à pandemia. O formulário foi aplicado antes do módulo de ergonomia para fomentar a discussão em aula. Verificou-se que os locais mais acometidos foram a coluna lombar (61,1%), seguido pela cabeça (55,6%) e pescoço (38,9%). Em relação a intensidade, na escala de 0 (nenhuma dor) a 10 (dor forte) 88,8% marcaram 4 ou acima, que revela uma dor moderada a severa. A frequência de 1 a 2 vezes por semana foi a mais observada (57,9%) seguido por 3 a 4 vezes por semana (21,1%). Quanto à incapacitância dessas dores, 38,9% marcaram que dificulta, mas não impede a realização das atividades, outros 38,9% citaram que pouco dificulta. No tocante às mudanças provocadas pela pandemia, 52,6% revelou que a dor mostrou-se indiferente e em 36,8% as dores foram aumentadas. O formulário expressa a importância da utilização dos princípios ergonômicos aliados a alongamentos laborais antes e depois das atividades clínicas, sempre em busca de respeitar o corpo e os intervalos necessários, para que os riscos ergonômicos sejam reduzidos ao máximo durante a carreira.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXIX Encontro de Iniciação à Docência