IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DE DIVERSIDADE DE CORPOS NO ENSINO REMOTO DE DESENHO DA FIGURA HUMANA

Autores

  • Celio Medeiros de Amorim Junior
  • Aline Teresinha Basso
  • Cláudia de Castro Correia
  • Joelma Damasceno de Matos

Resumo

Pesquisa desenvolvida durante as atividades remotas na monitoria do projeto Processos de Ensino Aprendizagem em Técnicas Manuais de Desenho Aplicadas à Moda, em 2020. O objetivo foi estudar e documentar a abordagem e experiências com diversos biotipos de corpos, tratados como “fora do padrão”. O estudo se justifica através da observação da necessidade de mercado em acolher uma moda mais inclusiva, que busque oferecer um produto melhor a essa parcela de consumidores, gerando melhor conforto e caimento ao vestuário. Consequentemente, para projetar produtos desta natureza, o conhecimento a respeito da estrutura, da forma, de proporções e de volumes do corpo humano é fundamental para um bom resultado. A metodologia da pesquisa se deu por pesquisas bibliográficas, exploratórias e aplicação de um questionário online com as turmas de Desenho da Figura Humana. O intuito foi obter um feedback com relatos pessoais dos alunos do 3º semestre de Design-Moda. A disciplina propõe estabelecer as bases desses conhecimentos, de modo que o discente compreenda e consiga representar graficamente essa configuração estrutural dos corpos. Por muito tempo, o padrão ensinado era homens fortes, mulheres altas e magras, com silhuetas longilíneas, que eram o cânone, o modelo a ser seguido através dos estudos de observação dos desenhos e materiais bibliográficos, que são inspirados no Doríforo de Policleto, escultor grego, em meados do século V a.C. Mas observamos que na contemporaneidade existem diversos tipos físicos de corpos, na prática há mercado de moda para diversos públicos, como, plus size, gestantes, transexuais, cadeirantes, etc. O estudo visou ampliar e provocar o olhar dos alunos para fora do “corpo padrão” no contexto do ensino remoto. Quando se faz alguma busca imagética de figuras humanas nos meios virtuais, como Google ou Pinterest, quase sempre nos é ofertado “o padrão”. A construção de conhecimentos, de questionamentos que tratem dessas diversidades são necessárias.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXIX Encontro de Iniciação à Docência