O MUSEU E OS SEUS MÚLTIPLOS TEMPOS: UMA REFLEXÃO SOBRE AÇÕES EDUCATIVAS E EXPERIÊNCIAS DOS DISCENTES NO ESPAÇO MUSEOLÓGICO

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre o espaço museológico como um lugar de possibilidades de produção do conhecimento histórico e do ensino, através de ações educativas pautadas na reflexão crítica dos objetos em exposição. Para essa reflexão, será utilizado como aporte teórico o texto “Museu, ensino de história e sociedade de consumo” do professor e historiador Francisco Régis Lopes Ramos, trabalhado na disciplina “Lugares de Memória e o ensino de História”. O museu, longe de ser um espaço de contemplação dos acervos e celebração de figuras do passado, deve ser um lugar onde os diferentes tempos se encontram (presente, passado e futuro) e seus objetos devem ser analisados sob o olhar da problematização e do pensamento histórico. Para isso, primeiramente, discutiremos as ideias propostas pelo texto, como lugar de memória, história, ações educativas e consumo. E, concomitante a isso, utilizo – como principal fonte de análise – as observações dos discentes, do semestre 2020.1, sobre a temática proposta, a partir das discussões e questionamentos apontados no Fórum da plataforma Solar e na aula (web-conferência), relacionada ao tema. A partir dessa análise, podemos observar como os discentes adquirem novas percepções e interpretações sobre o espaço museológico e como relacionam as ideias propostas no texto às suas vivências cotidianas, colocando como exemplos as suas próprias experiências no ambiente acadêmico e museológico. Para a discussão dos conceitos propostos neste trabalho, utilizo como referências bibliográficas o artigo “Entre memória e História: a problemática dos lugares” do historiador Pierre Nora, o texto “Cultura, memória e identidade: o ensino de história e a construção de discursos identitários” da historiadora Flávia Eloisa Caimi e, ainda, o texto “Museus indígenas, museus etnográficos e a representação dos índios no imaginário nacional: O que o museu tem a ver com educação?” do historiador José Ribamar Bessa Freire.