PENSARTECORPO E A ARTE MODERNA DE MARCEL DUCHAMP

Resumo

INTRODUÇÃO: O Módulo de Bioética e Cidadania, lecionado como Ética-da-vida ou Aionética, conhecido informalmente como Tamborete, tem um método de ensino único em relação aos demais componentes curriculares da Faculdade de Medicina-UFC, chamado PensArteCorpo. Ele fomenta a proatividade e a singularidade dos(as) estudantes, ao desenvolver o novo conceito de Ética-da-vida relacionando a experiência pessoal a uma obra de arte. OBJETIVO: Apresentar o método PensArteCorpo por meio da interpretação utilizada pelo monitor. METODOLOGIA: A partir da obra "A fonte" (1917) de Marcel Duchamp, artista plástico que se apropria de objetos cotidianos, conhecidos como ready-made, emprega-se a hermenêutica para desconstruir conceitos prévios de arte clássica e neoclássica para expressar um novo significado de arte moderna questionando os conceitos estabelecidos ao propiciar a singularidade de interpretação individual a fim de evitar uma compreensão acrítica da realidade. RESULTADOS: A obra de Duchamp foi polêmica porque não seguia as normas tradicionais de arte. Pelo contrário, ela sugeriu que arte poderia ser um objeto de uso corriqueiro relacionado à perspectiva do espectador. Apesar da dificuldade sentida pelo público em geral na interpretação da arte moderna, ela garante a expressão da nossa singularidade ao tentarmos apreciá-la, o que nos distancia do “assujeitamento” imposto pelo biopoder, tema estudado no nosso Programa didático. CONCLUSÃO: O método PensArteCorpo possui boa aceitação entre os(as) discentes, pois os estimula a produzir o próprio saber, partindo das suas experiências pessoais e não meramente repetindo conhecimentos repassados como ocorre no ensino tradicional. Assim, incentiva-se um papel mais proativo do aluno no processo de ensino-aprendizagem, o que resulta em uma boa fixação dos conteúdos propostos no Módulo.