PERCEPÇÃO DE ESTAGIÁRIOS DE MEDICINA ACERCA DE CUIDADOS PALIATIVOS NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVID-19

Autores

  • Roberta Silva Pessoa
  • Jorge William Pereira
  • Jéssica Almada Nunes
  • Luciana Passos Aragao

Resumo

A Pandemia de COVID-19 iniciada em 2020 impactou todos os setores da sociedade.Os pacientes infectados apresentam necessidades distintas.Profissionais da saúde e aqueles que se encontram no processo de formação profissional viram-se cada vez mais sobrecarregados e foi perceptível a dificuldade em estabelecer a qualidade do cuidado, tendo em vista a alta demanda. Os cuidados paliativos buscam acolher o sofrimento de todos os envolvidos no processo de adoecimento, oferecendo meios de melhorar a qualidade de vida. Esse trabalho tem como objetivo demonstrar a percepção e a experiência de estagiários de medicina envolvendo cuidados paliativos na pandemia.Para isto, um questionário virtual composto por duas perguntas objetivas de múltipla escolha foi disponibilizado a estudantes do 5º e 6º anos de medicina, para que estes respondessem voluntariamente.Foram contabilizadas 60 respostas. Na análise dos resultados da primeira pergunta, a maioria dos estudantes (n=20) considera que apenas pacientes com quadros clínicos graves e que necessitam de ventilação mecânica devem ser assistidos por profissionais capacitados em Cuidados Paliativos; 18 estudantes acreditam que somente pacientes portadores de condições clínicas crônicas (Hipertensão,Diabetes,Asma) devem receber tal assistência; 10 estudantes concordam que apenas pacientes internados tem tal demanda; 8 estudantes consideram que todos os pacientes devem receber uma abordagem baseada em cuidados paliativos a partir do diagnóstico e 4 avaliam que, por se tratar de doença infecciosa, nenhum paciente acometido por COVID-19 deve receber esse tipo de abordagem. De acordo com as respostas da segunda pergunta, 20 participantes receberam alguma capacitação sobre cuidados paliativos nesse ínterim. É notória a importância do fortalecimento dos Cuidados Paliativos nos serviços de saúde, sobretudo em um momento de crise humanitária, sendo imprescindível que profissionais capacitados atuem e instruam aqueles que não possuem essa perícia.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXIX Encontro de Iniciação à Docência