PERFIL E AUTOPERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DE FISIOTERAPIA ACERCA DA APRENDIZAGEM NO ENSINO REMOTO

Autores

  • Luan dos Santos Mendes
  • Danielle Magalhães Rodrigues
  • Kalina Ília de Lima Carvalho
  • Carlos Humberto Cruz Silva
  • Andrea Soares Rocha da Silva

Resumo

No primeiro semestre de 2020 foi decretado pela OMS o quadro de pandemia global pelo novo coronavírus. Diante disso, instituições de ensino do mundo todo foram obrigadas a se adaptar a práticas remotas, até então pouco difundidas o que se difere de educação à distância. Apresentar o perfil e a autopercepção de aprendizado de discentes ingressantes do curso de fisioterapia da UFC diante dessa prática de ensino. trata-se de um estudo transversal quantitativo, realizado no período de março a outubro de 2020, com discentes do módulo IP. Os dados foram coletados em um questionário composto de 32 itens via GoogleForms e analisados no software Easycalculation. O questionário foi apresentado aos 42 alunos matriculados, onde 35 concordaram em responder, perfazendo uma amostra estatisticamente significativa. Após análise, foi possível identificar que 80,1% da turma era composta por jovens entre 18-19 anos, o que remete ao egresso do ensino básico tradicional. Todos declararam viver em zona urbana, mas apenas 50% viviam na capital. Dados recentes do Comitê Gestor da Internet no Brasil apontam que há diferença na qualidade de conexões banda-larga nas regiões do país. Isso pode ter contribuído para um percentil de 42,9% considerar o rendimento pouco satisfatório e que 48,6% acreditasse que presencialmente o aproveitamento seria melhor. Vale ressaltar que apenas 14,3% haviam tido contato com o ensino remoto outrora. Isso pode também ser resultado das medidas urgentes de transição adotadas, sem um preparo prévio, devido a gravidade da pandemia. Quando questionados sobre a participação da monitoria no âmbito do aprendizado, 94,3% consideraram o programa fundamental para o êxito obtido. A prática remota necessita de um plano nacional comum de aplicação que atenda as necessidades de cada região e que resguarde estratégias de ensino-aprendizagem eficientes e de constantes atualizações. O perfil juvenil é um fator positivo quanto ao uso das tecnologias para esse tipo de modalidade.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXIX Encontro de Iniciação à Docência