REFLEXÕES A RESPEITO DOS ESTEREÓTIPOS LIGADOS ÀS PRÁTICAS CORPORAIS VIVENCIADAS NAS ESCOLAS NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Resumo

De acordo Uchoga e Altmann (2016) desde o início década de 1990 deu-se início ao longo processo de extinguir aulas de Educação Física que fossem separadas pelo sexo dos alunos. Todavia, apesar de hoje não existir nenhuma lei que defenda essa segregação,ainda é possível perceber grandes resquícios dessa educação hoje. Este resumo consiste em um relato de experiência a respeito da influência dessa separação feita por décadas e seus reflexos que infelizmente ainda estão presentes no ensino. O presente trabalho tem como objetivo abordar e levantar reflexões a respeito dos estereótipos sobre as questões de gênero em detrimento do ensino da Educação Física escolar. O relato de experiência envolve as vivências obtidas pelos bolsistas do PIBID junto a sua professora supervisora, de maneira remota, por meio de plataformas como Google Meet, Classroom e WhatsApp. Durante uma aula de Educação Física realizada pelo Google Meet, com a temática sobre o ensino do Futebol, o relato de uma aluna chamou bastante atenção. A discente em questão relatou que não se sentia confortável em praticar o esporte, dado suas experiências passadas não terem sido tão receptivas, pelo fato de ela ser do sexo feminino. Essa é uma realidade nas práticas de Educação Física, sendo mais evidência nas práticas corporais que são carregadas de estereótipos a respeito do sexo de seus participantes, especialmente quando se trata da pessoas do sexo feminino. Logo em seguida ao relato da aluna, os bolsistas pibidianos e a professora supervisora, buscaram iniciar uma discussão sobre o tema, assim trazendo reflexões aos alunos e desmistificando alguns (pré)conceitos. Portanto, há necessidade de fomentar discussões buscando desmistificar esses conceitos, a fim de buscar uma Educação física mais livre de padrões limitantes e exclusivos.