PRODUTO À BASE DE VEGETAIS SOB MODELO DE NEGÓCIOS BUSINESS-TO-BUSINESS (B2B)

Resumo

Pesquisa publicada em 2018 pela revista Demetra aponta para o fato de que consumidores de produtos à base de vegetais encontram barreiras como preço elevado, distribuição restrita e falta de opções de produtos e marcas para implementar novas possibilidades às dietas. No mesmo ano, o IBOPE Inteligência mensurou que 14% da população brasileira se declara vegetariana. Isso significa que cerca de 30 milhões de brasileiros precisam lidar, constantemente, com barreiras relativas às suas opções de consumo. O mercado de produtos veganos se refere não somente a veganos e vegetarianos, mas também à parcela crescente da população que busca reduzir o consumo de carnes, ovos, leite e derivados, incluindo os que apresentam intolerância à lactose. Durante o processo de validação do problema, com mais de 40 consumidores potenciais, 90% considerou que os preços de produtos industrializados à base vegetais são altos e mais de 60% registrou que considera o sabor como um dos fatores mais importantes para o consumo. Atualmente, o mercado oferece opções que, comumente, não atendem ao binômio preço justo-sabor apreciável, sendo essas alternativas materializadas em hambúrgueres e tipos de linguiça à base de soja ou, de forma mais recente, a partir de blend de soja, ervilha e grão de bico. Com o intuito de contribuir para a solução de ambas as prerrogativas, desenvolvemos o embutido vegetal à base de mandioca e castanha de caju. Implementamos no mesmo produto fontes de cálcio, magnésio, fósforo, potássio, vitaminas, além de proteína, lipídios e carboidratos, componentes que alinham o produto ao conceito de saudabilidade. A solução foi validada pela análise de intenção de compra de cerca de 90 potenciais consumidores, com resultado positivo de mais de 90% dos participantes da pesquisa. O modelo de negócios utilizado, portanto, se ampara na perspectiva Business-to-business (B2B) e tem no Licenciamento da patente a forma de monetização.