EXPRESSÃO HETERÓLOGA E CARACTERIZAÇÃO DA LECTINA DE CANAVALIA VIROSA EM ESCHERICHIA COLI

Autores

  • Leticia Alves Gomes
  • Messias Vital de Oliveira
  • Vinícius José da Silva Osterne
  • Benildo Sousa Cavada
  • Kyria Santiago do Nascimento

Resumo

Lectinas são proteínas de ampla distribuição na natureza capazes de reconhecimento específico e reversível a carboidratos. Suas atividades biológicas fazem delas importantes ferramentas na pesquisa científica e biotecnológica. Com isso, expressar essas proteínas em sistemas heterólogos é importante para verificar modificações pós-traducionais e sobrepor as limitações na obtenção das lectinas a partir do material vegetal. Nesse contexto, esse projeto objetivou a expressão da lectina recombinante de Canavalia virosa (rConV) em Escherichia coli e comparação das propriedades físico-químicas e de ligação a carboidratos com a lectina do tipo selvagem obtidas de sementes. Para isso, o gene da lectina foi ligado ao vetor pET28a. O vetor recombinante foi utilizado para transformar cepas de E.coli BL21 (DE3) seguido de seleção de transformantes em meio LB sólido com canamicina. Os clones positivos foram inoculados em meio LB-Broth + canamicina. As condições de expressão consistiram na combinação a seguir: IPTG 1 mM como agente indutor, temperatura de 18 °C e 16 horas de indução. A lectina recombinante foi purificada a partir do extrato bacteriano em matriz de níquel imobilizado se aproveitando da cauda de histidina presente na proteína recombinante. Para isso, o extrato foi aplicado na matriz, as proteínas não retidas foram removidas e o pico retido foi eluído com imidazol. O pico referente às proteínas retidas foi submetido a atividade hemaglutinante e eletroforese em gel de poliacrilamida onde foi possível observar uma atividade positiva e a presença da banda referente a lectina. No entanto, o nível de expressão foi baixo e outras bandas proteicas foram verificadas no PAGE-SDS. Devido a isso, são necessários novos ensaios para otimizar a produção da lectina na forma ativa e solúvel além de aplicar técnicas de química de proteínas para atingir um maior nível de purificação da proteína recombinante. Por fim, agradeço ao CNPq, à UFC e ao BioMol-Lab pelo apoio a esta pesquisa.

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Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XL Encontro de Iniciação Científica