WORD-WORD (WĀDO-WĀDO) NO MI: UM ESTUDO SOBRE A NOMEAÇÃO E A TRADUÇÃO DAS AKUMA NO MI EM ONE PIECE

Autores

  • Matheus Tomaz Maia
  • Diana Costa Fortier Silva

Resumo

O presente trabalho objetivou criar uma tabela de consulta concernente à nomeação e tradução das akuma no mi (frutas do diabo) do mangá (história em quadrinhos) japonês One Piece (1997) até o capítulo 945. A motivação para o presente estudo surgiu da necessidade de se ter um quadro de análise detalhado sobre as akuma no mi para uso de criadores de conteúdo para internet, o que pode se apresentar como uma importante contribuição para o avanço na área de tradução do japonês para o português. Para tal, foi necessário visitar autores que falavam sobre onomatopeias japonesas e processos de formação de palavras, tais quais: Neto e Infante (2008), Lima (2011), Martins (2012), Hamano (1998), Hirose (1981), entre outros. Após a catalogação dos nomes das frutas do diabo relevantes para este estudo, descobriu-se que, diferentemente do previsto por nossa hipótese inicial, apenas 27% delas foram formadas a partir da justaposição de onomatopeias; as demais foram formadas pela justaposição de substantivos ou verbos japoneses. Observamos também que todas as frutas, independentemente de se elas fossem formadas a partir de um verbo ou substantivo nipônico, seguiam um padrão de estrutura morfológica semelhante ao encontrado nas onomatopeias: C1V1C2V2-C1V1C2V2 ou C1V1N-C1V1N. Por fim, em relação às traduções das frutas que eram oriundas de onomatopeias, o estudo revelou que há uma tendência em fazê-lo levando em consideração o próprio nome da ação, textura, ou fenômeno que as onomatopeias representavam, como é o caso de ゴロゴロの実 (goro-goro no mi), em que ゴロゴロ se refere aos barulhos de estrondos quaisquer e cuja tradução oficial ficou como “fruta do relâmpago” – uma representação não do som em si, mas do causador deste. Em outras palavras, no português, perdeu-se qualquer valor semântico que remetesse à noção de que esse nome era proveniente de uma onomatopeia japonesa. Assim, agradecemos a PROINTER pelo apoio na realização desta pesquisa.

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Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XL Encontro de Iniciação Científica