AS NOVAS DIRETRIZES PARA A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA FRENTE A CRISE ESTRUTURAL DO CAPITAL

Autores

  • Francisco Eraldo da Silva Maia
  • Francisca Valéria de Sales Peixoto
  • Sirneto Vicente da Silva
  • Joselita da Silva Santiago
  • Francisca Maurilene do Carmo

Resumo

Nesse estudo temos como objetivo analisar as relações entre a Crise Estrutural do Capital e as novas Diretrizes para a formação de professores de Educação Física no Brasil. Para fundamentação teórica do estudo recorremos ao Materialismo Histórico-Dialético (MHD) e a análise de documentos, em especial, a Resolução n.º 6 de 2018 e a Resolução CNE/CP nº 2 de 2019, que trata da Formação inicial dos professores de Educação Física e da Formação dos professores que irão atuar na Educação Básica, respectivamente. Entendemos, que a Crise Estrutural do Capital e atual fase de reorganização do capitalismo contemporâneo afetam diversos setores da sociedade (economia, cultura, trabalho, educação dentre outros), conforme esclarecido por Mészáros (2008; 2011). Considerando esse entendimento, constatamos que apesar dos documentos mencionados tratarem, no âmbito educacional, de marcos normativos distintos, estes apresentam convergências quanto ao modelo de formação humana, ao homologarem diretrizes que asseguram a criação de currículos que se pautam na Pedagogia das competências, nos princípios de flexibilidade e especialização – isto é, nas características demandas pela Crise Estrutural do Capital. Essas afirmativas podem ser evidenciadas a partir do modelo de formação fragmentada e flexível dos professores de Educação Física, indicado na resolução n.º 6 de 2018, assim como pela atual formação dos professores da Educação Básica - determinada pela Resolução CNE/CP nº 2 de 2019. Em consonância ao que foi anunciado no estudo de Rafael, Ribeiro e Mendes Segundo (2016), concluímos que a Crise Estrutural do Capital tem reverberado no redirecionamento das políticas curriculares que promovem o rebaixamento dos cursos de licenciatura em Educação Física do Brasil, chamando a atenção para a necessidade de ações pedagógicas contra hegemônicas que apontem na direção de atividades educativas emancipadoras (TONET, 2001), como aquelas possíveis de serem realizadas ainda na lógica do capital.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XIV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação