NÃO HÁ LUGAR COMO NOSSO LAR: REFLEXÕES SOBRE UNIVERSIDADE, TERRITÓRIO E COMUNIDADE
Resumo
O presente trabalho pretende abordar a relação entre o território universitário e o sentimento de pertencer a uma comunidade perpassando por laços afetivos que não se limitam ao espaço físico. O trabalho tem como tema a vivência de estudantes da Universidade Federal do Ceará- Campus Sobral em suas experiências dentro do curso de Psicologia. Vivência atravessada pela falta de infraestrutura própria, pelo sentimento de rejeição e não pertencimento a lugares compartilhados com estudantes de outros cursos, mas também pela ressignificação dos poucos espaços que lhes eram concedidos. Este trabalho foi desenvolvido durante a disciplina de Psicologia Comunitária através dos estudos elaborados a partir do campo da Psicologia Ambiental, sendo também relacionado aos conceitos aplicados no cotidiano dos estudantes. Dessa forma, foi constatado no trabalho que o apego ao lugar é um fator importante nos estudos dos afetos-pessoa e ambiente, pois é nele que é feita a manutenção das relações identitárias, levando em conta os interesses individuais e coletivos. Conclui-se que é importante pensar em como a relação com o espaço que ocupamos afeta nossa subjetividade, nossos relacionamentos, nossas potencialidades e nosso processo de identificação com o território. A gradativa conquista dos lugares, embora longa e árdua, não foi suficiente ainda para garantir o que, por direito, deveria ser palpável. Entretanto, ainda que o trânsito nesses espaços seja feito com pouca receptividade, os laços afetivos, bem como as mobilizações políticas realizadas, são o registro histórico da resistência desses laços, mesmo perpassados por um projeto de sucateamento da universidade pública e por uma pandemia sanitária que impôs o ensino remoto.Publicado
2021-01-01
Edição
Seção
XIII Encontro de Experiências Estudantis
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