Análise da ocorrência de casos de fratura de fêmur em idosos do Ceará no período de 2015 a 2019

Autores

  • Ivna Vasconcelos de Oliveira
  • Eduardo de Lima Sousa, Gustavo Pessoa Pinto, Patrick Gonçalves de Oliveira, Ulysses Fontenele Alexandrino
  • Hiroki Shinkai

Resumo

INTRODUÇÃO: O crescimento da população idosa é um fator que exige uma melhor análise de agravos de saúde específicos. Nesse contexto, as dificuldades de equilíbrio e mobilidade, associadas a ambientes não adaptados e doenças como a osteoporose, aumentam o risco de quedas de idosos e, consequentemente, o de fraturas. OBJETIVOS: Analisar o perfil epidemiológico da fratura de fêmur em idosos, no Ceará, entre os anos de 2015 e 2019. METODOLOGIA: Este é um estudo ecológico, baseado em dados retirados da aba Morbidade Hospitalar do SUS do Sistema de Informações de Saúde (TABNET). Nessa aba, foi selecionada a opção morbidade geral por local de residência, especificando o Ceará. Na variável de “linha”, foi selecionado o item “faixa etária 1”, em “coluna”, foi escolhida a opção “ano de processamento”, e, em “conteúdo”, foi aplicado o item “internações” para o período de 2015 a 2019, já em “seleções disponíveis”, foi escolhido o item “fratura de fêmur”, incluso na lista de morbidade CID-10. RESULTADOS: Houve, no total, 14848 internações por fratura de fêmur, do ano de 2015 até 2019. Desse total, a prevalência em idosos foi de 46,4%, somando 6893 internações em pacientes com 60 anos ou mais. Ademais, notou-se aumento dos casos ao longo dos anos, ocorrendo, entre 2015 e 2019, um aumento médio anual de cerca de 11,8%. Vale ressaltar, também, que o total de internações cresceu em faixas etárias de mais idade, com o aumento de 58,9% entre idosos de 60 a 69 e 70 a 79 anos, e o aumento de 49,7% entre idosos de 70 a 79 anos e 80 anos ou mais. CONCLUSÃO: A análise revela que quase metade das internações por fratura de fêmur ocorreram com idosos no período estudado. Ademais, constata-se que houve aumento dos casos em idosos com o avançar dos anos, havendo acréscimo nas internações de idosos de maior faixa etária. Nesse contexto, os dados são importantes por ressaltar a relevância do problema na saúde do idoso e ajudar a elaborar intervenções capazes de alterar o perfil epidemiológico.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXIX Encontro de Extensão