Análise da relação entre a frequência da prática de exercício físico durante a pandemia da COVID-19 e a qualidade de vida de estudantes de medicina do 1º ao 8º semestre letivo.

Autores

  • Ícaro Cavalcante Dias Araújo
  • Milena Veras Leitão, João Matheus Girão Uchôa, Eduarda Fernandes de Araujo, Gabriel Mesquita de Medeiros
  • Joao Paulo Tavares Linhares

Resumo

Introdução: Existem diversos estudos na literatura que apontam uma ligação direta entre a prática de exercício físico e qualidade de vida. Contudo, em razão dos impactos do período pandêmico da COVID-19, inúmeras pessoas pararam ou reduziram a frequência da realização de atividades físicas, o que tende a causar um impacto negativo sobre sua qualidade de vida. Por outro lado, a pandemia foi pretexto para muitas pessoas saírem do sedentarismo. Objetivo: Avaliar a relação entre a frequência da prática de exercício físico e a qualidade de vida de estudantes de Medicina. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e transversal que teve a participação 136 estudantes do curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará - Campus Sobral. Os alunos tiveram seus dados coletados em formulário da plataforma Formulários Google, o qual foi respondido opcionalmente e enviado por meio do aplicativo WhatsApp. Na pesquisa, foram utilizados o Questionário de Qualidade de Vida SF-36 e um questionário desenvolvido pela própria equipe de pesquisa. O SF-36 avalia a qualidade de vida do indivíduo por: capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental. Resultados: O trabalho aponta uma melhora de 44% no parâmetro “aspectos emocionais” do grupo que “fazia exercício, mas aumentou a frequência” em comparação ao grupo que “fazia exercício, mas reduziu a frequência” durante a pandemia. Consoante a isso, o grupo que “não fazia exercício, mas iniciou'' teve o parâmetro “saúde mental” 41% maior que o grupo que “fazia exercício, mas parou” durante a pandemia. Ademais, o grupo mais prejudicado é o que “fazia exercício, mas parou” durante a pandemia, possuindo a menor média dos parâmetros de qualidade de vida. Conclusão: Foi demonstrada neste trabalho uma relação de congruência entre a frequência da prática de exercícios físicos e melhores parâmetros de qualidade de vida durante o período pandêmico da COVID-19.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXIX Encontro de Extensão