H1N1 e COVID 19: comparação da mortalidade entre pandemias nas regiões brasileiras.

Autores

  • Erick Bernardes Neves
  • Daniela Remontti, Francisca Marina Martins Torres Magalhães, Maria Edwigis Fontenele Oliveira, Raphael Vasconcelos Vidal
  • Pedro de Sá Cavalcante Ciarlini

Resumo

INTRODUÇÃO: O ano de 2020 foi acometido por um vírus a nível global, o coronavírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19, relembrando inicialmente a pandemia ocasionada pelo H1N1 em 2009. Apesar disso, o atual cenário de isolamento rigoroso e impacto significativo econômico contrasta com o passado. Isso ocorre devido à menor transmissibilidade do H1N1 e à existência - já na época - de medicação para a doença. OBJETIVOS: Comparar as mortalidades de ambos vírus para compreender as semelhanças e diferenças entre as doenças. METODOLOGIA: Utilizou-se do DataSUS para analisar os dados sobre o H1N1 entre meados de 2009 e 02 de agosto de 2010, definindo como parâmetros a evolução dos casos e a divisão por regiões. Analisaram-se os dados do site do Governo Federal sobre o coronavírus entre 27 de março de 2020 e 03 de janeiro de 2021, encontrando as estatísticas de cada região. RESULTADOS: Na pandemia de 2009, houve um total de 2.084 óbitos atribuídos ao H1N1. As regiões SE e Sul foram as mais afetadas, responsáveis por, respectivamente, 48,41% e 38,53% das mortes. Já as regiões N, NE e CO apresentaram, em sequência, 2,25%, 2,98% e 7,83% dos óbitos. Ressalta-se que, dos 95.844 casos reportados, 78,8 % evoluíram com cura, sendo a taxa de mortalidade geral de 2,17%. Aponta-se, também, que 17,68% das evoluções de caso de H1N1 não foram preenchidas. Por outro lado, na pandemia de 2020, ocorreu um total de 196.018 óbitos. Destes, 45,72% ocorreram na Região SE e 24,5% na Região NE. As regiões Sul, Centro-Oeste e Norte apresentaram, respectivamente, 11,37%, 9,15% e 9,26% das mortes. Destaca-se que o total de infectados foi 7.733.746, com uma taxa de mortalidade de 2,53%. CONCLUSÃO: Observa-se que não houve significativa discrepância nas porcentagens de mortalidade, e sim no número total de óbitos, visto a maior infectividade do SARS-CoV-2. Destaca-se que a subnotificação na evolução dos casos de H1N1 e ausência de testagem em massa muito provavelmente influenciaram os dados.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXIX Encontro de Extensão