O USO DE CONTRACEPTIVOS ORAIS AINDA É A PRINCIPAL FORMA DE TRATAMENTO UTILIZADA PELAS MULHERES COM SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS?

Autores

  • Louise Lara Martins Teixera Santos
  • Fernanda Pimentel Arraes, André Lucas Portela, Amanda Beatriz Sobreira de Carvalho, Caylton Carneiro Aguiar
  • José Roberto Frota Gomes Capote Junior

Resumo

INTRODUÇÃO: A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é a desordem endócrina mais comum do mundo, afetando de 5% a 10% das mulheres em idade reprodutiva, podendo causar irregularidades menstruais e infertilidade e estando associada à hiperinsulinemia e à dislipidemia. Diante disso, usualmente, recomenda-se como tratamento o uso de anticoncepcionais orais. Porém, observa-se uma tendência em realizar uma reavaliação dos hábitos de vida da paciente, pois como se trata de uma condição endócrino-metabólica, o foco na dieta e na prática de exercício físico pode ser promissor para um tratamento definitivo. OBJETIVO: Descrever a presença de SOP e a utilização de contraceptivos orais, estabelecendo uma relação entre o diagnóstico dessa desordem e a forma de tratamento utilizada. METODOLOGIA: O presente estudo é transversal e descritivo, realizado a partir de 34 questionários, com indivíduos do sexo feminino com idade entre 17 e 75 anos, sendo a faixa etária de 21 a 24 anos a maioria (29.4%). A amostra foi coletada durante uma campanha acerca de menopausa e sangramento uterino em março de 2020, realizada na praça São João, em Sobral-CE, por integrantes da Liga de Endocrinologia e Metabologia de Sobral. RESULTADOS: Um total de 34 questionários foram obtidos. Entre eles, 11 entrevistadas (32,3%) responderam afirmativamente quando perguntadas se possuíam diagnóstico de SOP. Destas, 6 (54,5%) confirmaram o uso de contraceptivos orais e 5 (45,5%) outras formas de tratamento. CONCLUSÃO: Observa-se que a maioria das mulheres que apresentaram o diagnóstico de SOP utilizavam contraceptivos orais como forma de tratamento. Apesar da alta prevalência da terapia hormonal, muitas mulheres utilizavam outros métodos terapêuticos. Diante disso, pode-se observar uma tendência crescente pela busca de alternativas para esta desordem, uma vez que a pílula apresenta uma série de efeitos colaterais, estando associada à queda de libido, enxaqueca, retenção de líquido e risco de tromboembolismo.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXIX Encontro de Extensão